O homem que mudou o Brasil, segundo a Veja, vai mesmo mudar o Brasil quando chegar nas suas mãos o mensalão tucano. E o PIG já tá preocupado com o mensalão mineiro, lista de Furnas, privataria tucana, etc. Se o Ministro Barbosa der o mesmo tratamento que está dando ao "mensalão do PT", quem deve está preocupado agora é o Serra, o FHC, o Merval, etc.
Nassif
É, né, agora que o MENSALÃO TUCANO VEM AÍ!
Merval
Pereira, Dora Kramer, Marco Aurélio Mello… várias são as vozes que
começam a se levantar contra o desequilíbrio emocional e a postura
autoritária de Joaquim Barbosa, características incompatíveis com a de
um juiz do Supremo e, mais ainda, com o comando do Poder Judiciário;
eles sabem que o mundo não acaba com a Ação Penal 470; como serão os
próximos julgamentos?
8 DE NOVEMBRO DE 2012 ÀS 11:06
247 - Escondida,
no fim da coluna da jornalista Dora Kramer, no jornal Estado de São
Paulo, está a informação mais importante do dia. "O sucesso de Joaquim
Barbosa ameaça criar pernas e levar o relator a perder a cabeça. O
sentido da moderação é útil ao julgamento em curso e indispensável ao
bom andamento dos trabalhos do Supremo que daqui a 15 dias ele
presidirá".
No
caso de Joaquim Barbosa, o "sucesso", ainda que na mídia, e não no meio
jurídico, já lhe subiu à cabeça. O ministro que distribui autógrafos já
foi tratado por uma revista semanal como "o menino pobre que mudou o
Brasil" e nada parece ser capaz de lhe dar um pingo de prudência ou
humildade. Ontem, no intervalo de mais uma sessão acalorada no Supremo
Tribunal Federal, em que Joaquim Barbosa debochou de seus pares,
apostando nos aplausos da suposta opinião pública, Marco Aurélio Mello
fez um desabafo. "A viagem à Alemanha não fez bem a ele", afirmou. "Não
estamos aqui para ser vaquinhas de presépio do relator e dizermos amém,
amém, amém".
Barbosa
trata com desrespeito todos os membros do colegiado que ousam divergir
da sua posição. Se antes a ira era destinada apenas a Ricardo
Lewandowski, a quem o ministro já acusou de "advogar para os réus" ou de
"transformar réu em anjo", ela agora se volta também contra Marco
Aurélio, que teve apenas a "ousadia" de abrir um debate jurídico sobre
um tema técnico levantado por um advogado (continuidade delitiva ou
concurso material).
Num
colegiado, a divergência entre ministros é salutar. Mas encantado com a
sua "popularidade", Barbosa tem adotado um viés cada vez mais
autoritário, que não chega a ser surpreendente. Numa discussão recente
no plenário do tribunal, ele já havia desafiado o ministro Gilmar Mendes
a "sair às ruas". Agora, instados por Barbosa, vários ministros se
sentem pressionados a seguir o comando "das ruas" e não das leis, salvo
raras exceções.
Ocorre
que o julgamento da Ação Penal 470 não será o último caso apreciado
pelo Supremo Tribunal Federal. Depois dele, virão outros, em que os réus
não serão propriamente adversários políticos dos que se proclamam
porta-vozes da opinião pública. Por isso mesmo, Merval Pereira,
colunista do Globo, publica um artigo nesta quinta-feira em que ensaia
uma crítica à "mão pesada de Barbosa".
Segundo
Merval, "na falta de critérios objetivos que norteiam as decisões, é
previsível que os advogados de defesa terão muitas razões para
apresentar embargos ao seu final, retardando a execução das penas".
Antes disso, Barbosa já havia sido criticado por aplicar penas a um réu,
valendo-se de uma interpretação equivocada das leis.
Incensado
e tratado como herói pelos meios de comunicação no início do
julgamento, Joaquim Barbosa começa a perder popularidade. E a dúvida é
que impacto isso causará numa personalidade já marcada pelo destempero e
pela falta de inteligência emocional, seduzida por aplausos fugazes.
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