Vermelho
O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) pediu o
arquivamento das investigações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula
da Silva, acusado pela oposição de tentar interferir no andamento da
Ação Penal 470 – do mensalão - no Supremo Tribunal Federal (STF). A
investigação do MPF sobre o caso não apontou conduta criminosa por parte
de Lula e que as acusações não estavam respaldadas por provas. .
“Nas declarações dadas pelo ministro
(do STF, Gilmar Mendes), o Ministério Público não detectou um pedido
específico de Lula no sentido de ver adiado o julgamento do mensalão”,
destacou o órgão.
No documento, a oposição acusava Lula de praticar os seguintes crimes em
conversa mantida com o ministro Gilmar: coação no curso do processo,
tráfico de influência e corrupção ativa. A justificativa do pedido era
que o caso merecia apuração mais aprofundada do Ministério Público
porque havia indícios de coação no curso do processo, tráfico de
influência e corrupção ativa.
Sem bases
O procedimento de investigação criminal era basedo em denúncia em uma
reportagem publicada da revista Veja, que relatava suposta pressão
exercida por Lula sobre o ministro Gilmar Mendes, para adiar do
julgamento.
O ministro Gilmar Mendes não respondeu aos ofícios do MPF com pedidos de
informação acerca das acusações. E, nas declarações dadas pelo
ministro, o Ministério Público não detectou um pedido específico de Lula
e o próprio Gilmar Mendes afirmou, em entrevista, que não houve um
pedido específico do presidente em relação ao "mensalão". Ainda segundo o
ministro: "Lula manifestou um desejo e eu disse da dificuldade que o
tribunal teria, ele não pediu a mim diretamente".
Já o ex-ministro do STF, Nelson Jobim, relatou, durante as
investigações, ter testemunhado toda a conversa entre Lula e Mendes,
assegurando que "em nenhum momento o ex-presidente solicitou ou sugeriu
ao ministro Gilmar que atuasse no sentido de obter o adiamento do
julgamento do mensalão", ou ainda que "em nenhum momento o ex-presidente
mencionou ter controle sobre a CPI do Cachoeira ou ter qualquer
influência sobre seus trabalhos".
Em nota à imprensa, por meio do Instituto Lula, o ex-presidente
demonstrou indignação e alegou que a versão da revista sobre o teor da
conversa mantida com o ministro Gilmar era inverídica.
Da Redação em Brasília
Com Informes PT
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