Eu achava que as filhas da Economia Clássica, esta que ainda persiste no mundo mecanicista atual, a especulação e a globalização já tivessem feito de tudo. Mas tudo parece crer que o estrago ainda foi pouco. Vejam o caso do Grécia tão bem colocado no site do Conversa Afiada e o que ainda está por vir. Como eu disse em um post anterior; a mudança foi pouco. No Brasil, tudo indica que tivemos a sorte, por termos um Banco Central sério, mas no tocante às privatizações desenfreadas feita no passado, a título de Estado mínimo a qualquer preço, percebe-se claramente que não estão acompanhando o ritmo do atual do desenvolvimentismo. Há que se rever essa questão. Aqui mesmo no Rio, que tem um sistema de trens e metro privatizados, hoje quarta feira de cinzas, fui visitar um amigo em Duque de Caxias. Da Tijuca, fui de ônibus e voltei de trem. Quanto ao ônibus, vá lá que seja, porém quanto ao trem é desesperador ver o estado lastimável da maioria que se encontram e sem falar nos trilhos. O Rio está crescendo, é só passar na hora do rush na Estação Central do Brasil que é atualmente o encontro de todos os destinos, de trem e metrô para ver a multidão de pessoas que chegam e saem dali.
Conversa Afiada
Os caras que quebraram os EUA quebraram a Grécia. Cuidado com o Serra !
O New York Times informou que os mesmos caras que criaram a bolha de derivativos imobiliários que quebrou Wall Street quebraram a Grécia.
Muito simples.
Eles chegaram para o Governo da Grécia e “compraram”, em troca de uma boa grana, futuras receitas do Governo da Grécia.
Por exemplo, compraram a receita dos pedágios (êpa, êpa !) e da loteria.
Com isso, o IBGE (*) da Grécia fez umas contas extraídas do voodoo.
Aumentou a receita e escondeu a dívida.
Eles diziam que o déficit publico era de 3% quando, na verdade, era de 17% !
Quem fez a mágica ?
Especialmente o banco americano Goldman Sachs.
O presidente do Goldman é acusado de ter vendido muitos derivativos nos Estados Unidos e, quando viu que a bolha ia explodir, começou a vender.
Mas não avisou aos clientes.
E continuou a vender derivativos aos clientes trouxas …
E vendia os da própria carteira.
Gente finíssima.
E a CVM ?
Ora, o que faz a CVM (americana ou brasileira) ?
O New York Times diz que não sabe a que outros países o Goldman Sachs vendeu a mesma poção mágica.
Itália ? Irlanda ? Espanha ?
Só se saberá se houver outra quebra.
Ou seja, caro amigo navegante, o neoliberalismo do Fernando Henrique nada mais era do que o Novo Testamento dos Bancos.
Dos bancos Opportunity !
Em tempo: quem sabe o Zé Pedágio já não vendeu a algum Goldman a receita dos pedágios para “embelezar” o balanço ? Como diz o meu amigo mineiro, Zé Alagão não passa de um “pratico em contabilidade”. Será que ele entraria no exame de admissão do IBGE da Grécia ?
Paulo Henrique Amorim
(*) O IBGE da Grécia diz que a culpa é do Ministério da Fazenda, que passava números errados. A culpa vai acabar na Martha.
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