domingo, 19 de agosto de 2012

Alckmin presidente: um blefe do PIG e do PSDB

No post anterior eu repercuti sobre uma possível disputa de Alckmin a presidência da República e com isso colocando uma pedra no sapato do Aécio, mas isso pode ter sido ingenuidade.  O José Dirceu percebeu algo que poderá ser uma jogada entre o PIG e o PSDB.

José Dirceu

A jogada por trás da entrevista de Alckmin à Folha

Publicado em 18-Ago-2012
O que deu na seara tucana de voltar a insinuar, agora, que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), é de novo candidato a presidente, em 2014, depois de ter concorrido ao Palácio do Planalto em 2006 e ter sido derrotado pelo presidente Lula?

Só pode haver uma explicação já que vi toda a entrevista dele à Folha de S.Paulo (publicada 6ª feira) e o Geraldinho não afirmou nem uma vez que será candidato: uma bela e armada jogada, já que José Serra, agora, apressou-se em dizer que o apóia e assim ficará os quatro anos na prefeitura. Pelo menos é o que José quer, mais uma vez, passar ao eleitor.

Para ele, pode valer a tentativa. Mas um problema é que não adianta, o eleitor não acredita. Ainda ontem, quando andou em trem de subúrbio - e foi aconselhado a andar no horário de rush, pra ver quando o bicho pega - José foi interrogado por um eleitor: "quer se eleger para abandonar de novo a Prefeitura?".

Ninguém acredita em José e nada indica que ele vá ganhar


Outro problema é que nada indica que José vá ganhar este ano. Pelo contrário, ele continua em queda nas pesquisas, como demonstrou o IBOPE da última 6ª feira. Subir mesmo só sua taxa de rejeição que chegou a 37%.

Assim, salvo a jogada para José Serra sair rapidamente apoiando a candidatura presidencial de Alckmin em 2014 na tentativa de passar aos eleitores que caso se elegesse ficaria quatro anos na prefeitura, o resto é pura encenação.

Oposição e tucanos falavam no governador tucano de Goiás, Marconi Perillo como presidenciável em 2014, o que virou um acinte agora, depois de provada a ligação de todo o governo do PSDB goiano com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Beto Richa, Antônio Anastasia? Não, Aécio ou Serra


Já falar sobre o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) como presidencial tucano em 2014, como fez Alckmin na entrevista, nem vale a pena comentar. Idem para sua referência ao governador de Minas, Antônio Anastasia. Do jeito que a coisa está e pelo andar da carruagem, Anastásia nem o sucessor deve fazer...

Assim, o candidato da oposição em 2014 ao Planalto será o senador Aécio Neves (PSDB-MG) - que quem "plantou" a notícia na Folha não se equece de dizer que "não empolga os tucanos" - ou José Serra pela 3ª vez (foi e perdeu em 2002 e em 2010). No caso deste, mesmo que tenha de sair por outro partido, dependendo da conjuntura de 2014.

Assim, por mais voltas que Alckmin tenha dado na entrevista à Folha e que os desdobramentos desta também tenham dado, o objetivo queiram ou não é o de ajudar José Serra.Que rapidamente já afirmou que apoia Alckmin e portanto fica na prefeitura. Em outras palavras, correu para obter os dividendos políticos que se propunha com a entrevista.

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