quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O azarão Haddad e o azarado Serra

Não adiantou nada o PIG levar o mensalão às eleições de São Paulo. O incrível aconteceu: o Haddad está crescendo e o Serra caindo acentuadamente. O PIG está perdido e o Haddad, apesar do Serra, da Catanhede e da Dora Krammer só faz subir nas pesquisas. Tudo isso em pleno ninho tucano-elitista-racista e anti-lulista . Agora então que o Lula, a Marta e até mesmo a Dilma vão dar a merecida força na campanha petista a prefeitura de São Paulo. O PIG está de ressaca e está ressacando o povo que não aguenta mais ouvir falar do mensalão e ver a careta da dupla piganeja Bonner & Poeta no Jornal Nacional. O povo que agora, apesar do contra do PIG, tem não somente TV, mas também um computador ou Laptop ou um Tablet e até mesmo uma passada em algum restaurante no horário nobre como múltiplas escolhas ante o Jornal Nacional engessado em caretas de ódio ao governo e ao PT.

E na próxima campanha presidencial? Quem será que o PSDB irá escolher com a derrocada do eterno futuro presidente Serra? Um Aécio que não pára de ser flagrado bêbado nos subterrâneos e falando em seriedade no andar de cima ou um sisudo Alckimin?.

Se o mensalão fez sua primeira baixa, essa foi o do Serra, pois o PSDB não perde por esperar que aí vem o mensalão mineiro trafegar pelo Supremo.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Lewandowski: assédio moral ou inquisição do PIG

O PIG pode estar cometendo um crime de assédio moral contra o ministro Lewandowski.  Os jornais deveriam divulgar em suas manchetes apenas o voto a favor de João Paulo Cunha e nada mais, porém, pelo jeito o PIG flagrantemente contrariado pelo decisão do ministro, resolveu extrapolar
sua função e colocar não somente seus colonistas, mas também seus leitores para para publicar todo tipo de indignação contra ele. Isso é assédio moral ou uma nova inquisição? Vejam vocês mesmos e comprovem nos links abaixo:

Revista Veja

Redes Sociais

No Facebook, indignação com voto de Lewandowski no mensalão

Usuários se dizem envergonhados por decisão do ministro que inocentou mensaleiros João Paulo Cunha e Marcos Valério

Mensagens contra Ricardo Lewandowski
O post sobre Lewandowski compartilhado no Facebook: indignação (Reprodução)
Usuários das redes sociais reagiram com indignação ao voto proferido nesta quinta-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski que inocentou o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) de todos os crimes de que era acusado no julgamento do mensalão. A decisão do magistrado divergiu frontalmente da denúncia feita pelo Ministério Público e também do relatório do processo, de autoria do ministro Joaquium Barbosa, que considera Cunha culpado de corrupção ativa, peculato (apropriar-se de bem público) e lavagem de dinheiro, crimes documentados na ação.
Publicada no Facebook e já compartilhada quase 8.000 vezes, uma imagem de Lewandowski (confira a imagem acima) durante o julgamento é acompanhada do seguinte texto: "Ricardo Lewandowski, quando sair nas ruas e olhar para o povo brasileiro saiba de uma coisa... o povo brasileiro tem vergonha de você."
Nesta sexta-feira, Lewandowski disse que já esperava "críticas" e "incompreensões" pelo fato de ele ter votado pela absolvição do deputado João Paulo Cunha e também do publicitário Marcos Valério, apontado pelo MP como operador do braço publicitário do esquema do mensalão, e de seus sócios.
Em um entendimento que abre espaço para absolvições de outros réus do mensalão, Lewandowski endossou a tese de caixa dois – explorada pela unanimidade dos réus parlamentares – e disse estar convencido que os 50.000 reais pagos a João Paulo Cunha pelo esquema do valerioduto foram utilizados para o pagamento de pesquisas eleitorais. O julgamento será retomado na segunda-feira.



Estadão

28.agosto.2012 16:23:47

João Paulo participou de homenagem a Lewandowski


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, que votou pela absolvição de João Paulo Cunha (PT) no processo do mensalão, foi homenageado em 2007 pela Prefeitura de Osasco, cidade administrada pelo PT e onde o deputado e réu no caso disputa a eleição municipal deste ano.
Lewandowski foi capa da revista “Expressão Jurídica”, editada pela Secretaria de Assuntos Jurídicos da cidade,  que é administrada pelo petista Emídio de Souza, que apoia a candidatura de João Paulo. No dia 20 de abril daquele ano, houve uma cerimônia no Centro de Formação Continuada dos Profissionais da Educação na cidade para divulgação da primeira edição da revista, que trazia uma entrevista com Lewandowski. No evento, João Paulo dividiu a tribuna de honra com o ministro.
“Está é uma homenagem que o município presta não somente a mim, mas também ao judiciário brasileiro. A revista tem uma proposta inovadora e ousada. Estamos empenhados em garantir os direitos fundamentais, e para isso agora contamos com mais uma ferramenta”, falou Lewandowski à época, segundo o portal de notícias oficial da cidade de Osasco.
Lewandowski tem amigos no PT, como o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, que homenageou a mãe do ministro ao batizar uma escola com o seu nome.

sábado, 25 de agosto de 2012

De Lewandowski para o PIG: toma que o filho é teu

O Ministro Lewandowski tirou a faca do pescoço e jogou um balde de água fria no PIG. Na quarta-feira passada as manchetes davam como culpado o João Paulo Cunha, mas o ministro o absolveu. O PIG está numa verdadeira ressaca de decepção. Agora o ministro é uma persona non grata do PIG. Principalmente depois que o ministro ainda chamou a Globo de mensaleira. Isso foi demais para o PIG. Foi maravilhoso ver a cara de funeral da dupla piganeja William Bonner e Patrícia Poeta. Agora só falta o João Paulo Cunha vencer o pleito para prefeito de Osasco.

Clique aqui para ler sobre a Globo mensaleira na Carta Maior

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A rejeição ao Serra é a rejeição ao PIG

A enorme taxa de rejeição do eleitor paulistano ao Serra reflete também à enorme taxa de rejeição ao PIG. O PIG desde o último pleito presidencial até ao candidato do PSDB à prefeitura de São Paulo sempre apoiou o Serra. Essa história de o Serra aparecer na frente das pesquisas pelo Datafolha foi lorota. Foi uma mercadoria estragada que ela tentou vender ao Serra. Assim como quer vender o mensalão para a oposição nas eleições para ver se ofusca os candidatos do PT. Só que até agora o mensalão parece que azarou o Serra, que caiu nas pesquisas e o Haddad começa a subir. Confira o quadro abaixo.

domingo, 19 de agosto de 2012

Alckmin presidente: um blefe do PIG e do PSDB

No post anterior eu repercuti sobre uma possível disputa de Alckmin a presidência da República e com isso colocando uma pedra no sapato do Aécio, mas isso pode ter sido ingenuidade.  O José Dirceu percebeu algo que poderá ser uma jogada entre o PIG e o PSDB.

José Dirceu

A jogada por trás da entrevista de Alckmin à Folha

Publicado em 18-Ago-2012
O que deu na seara tucana de voltar a insinuar, agora, que o governador Geraldo Alckmin (PSDB), é de novo candidato a presidente, em 2014, depois de ter concorrido ao Palácio do Planalto em 2006 e ter sido derrotado pelo presidente Lula?

Só pode haver uma explicação já que vi toda a entrevista dele à Folha de S.Paulo (publicada 6ª feira) e o Geraldinho não afirmou nem uma vez que será candidato: uma bela e armada jogada, já que José Serra, agora, apressou-se em dizer que o apóia e assim ficará os quatro anos na prefeitura. Pelo menos é o que José quer, mais uma vez, passar ao eleitor.

Para ele, pode valer a tentativa. Mas um problema é que não adianta, o eleitor não acredita. Ainda ontem, quando andou em trem de subúrbio - e foi aconselhado a andar no horário de rush, pra ver quando o bicho pega - José foi interrogado por um eleitor: "quer se eleger para abandonar de novo a Prefeitura?".

Ninguém acredita em José e nada indica que ele vá ganhar


Outro problema é que nada indica que José vá ganhar este ano. Pelo contrário, ele continua em queda nas pesquisas, como demonstrou o IBOPE da última 6ª feira. Subir mesmo só sua taxa de rejeição que chegou a 37%.

Assim, salvo a jogada para José Serra sair rapidamente apoiando a candidatura presidencial de Alckmin em 2014 na tentativa de passar aos eleitores que caso se elegesse ficaria quatro anos na prefeitura, o resto é pura encenação.

Oposição e tucanos falavam no governador tucano de Goiás, Marconi Perillo como presidenciável em 2014, o que virou um acinte agora, depois de provada a ligação de todo o governo do PSDB goiano com o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Beto Richa, Antônio Anastasia? Não, Aécio ou Serra


Já falar sobre o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) como presidencial tucano em 2014, como fez Alckmin na entrevista, nem vale a pena comentar. Idem para sua referência ao governador de Minas, Antônio Anastasia. Do jeito que a coisa está e pelo andar da carruagem, Anastásia nem o sucessor deve fazer...

Assim, o candidato da oposição em 2014 ao Planalto será o senador Aécio Neves (PSDB-MG) - que quem "plantou" a notícia na Folha não se equece de dizer que "não empolga os tucanos" - ou José Serra pela 3ª vez (foi e perdeu em 2002 e em 2010). No caso deste, mesmo que tenha de sair por outro partido, dependendo da conjuntura de 2014.

Assim, por mais voltas que Alckmin tenha dado na entrevista à Folha e que os desdobramentos desta também tenham dado, o objetivo queiram ou não é o de ajudar José Serra.Que rapidamente já afirmou que apoia Alckmin e portanto fica na prefeitura. Em outras palavras, correu para obter os dividendos políticos que se propunha com a entrevista.

sábado, 18 de agosto de 2012

Aécio: não bastava só o Serra, agora tem o Alckmin

Já são três tucanos a se bicarem para a presidência. Não bastava somente o Serra, agora tem mais uma pedra no sapato do Aécio.


Por Altamiro Borges

Em entrevista ao sítio UOL, o governador Geraldo Alckmin insinuou ontem que pode disputar novamente a Presidência da República em 2014. Segundo relato do jornalista Fernando Rodrigues, o tucano incluiu o seu nome na lista dos presidenciáveis do PSDB e defendeu a realização de prévias na sigla. A notícia não deve ter agradado muito o cambaleante Aécio Neves, que já foi apontado por FHC como o “candidato óbvio” da legenda. Agora, o senador mineiro tem dois paulistas no seu encalço: José Serra e o “picolé de chuchu”.
A declaração surpreendeu até o jornalista da Folha/UOL. “Alckmin disputou o Palácio do Planalto em 2006, quando perdeu para Lula. Em 2010, foi eleito governador de São Paulo e esta é a primeira vez que o tucano admite em público estar interessado em concorrer a presidente outra vez... Dentro do PSDB, o senso comum é o de que Alckmin, 59 anos, será apenas candidato a mais um mandato no Palácio dos Bandeirantes. Ontem, entretanto, ele deu a entender que seu futuro eleitoral ainda está em aberto”.
Clima de desconfiança no ninho tucano
A “insinuação” confirma que o clima no ninho tucano não anda nada bom. Caciques do PSDB desconfiam que José Serra, caso seja eleito prefeito de São Paulo – hipótese hoje não tão segura – abandonará novamente o cargo para disputar a eleição presidencial em 2014. A escolha do vice na sua chapa, indicado pelo fiel aliado Gilberto Kassab, agravou a suspeita. Serra já concorreu duas vezes ao Palácio do Planalto – em 2002, derrotado por Lula, e em 2010, derrotado por Dilma – e nunca abandonou o sonho presidencial.
Já o senador mineiro Aécio Neves nunca convenceu a cúpula tucana e esbarra na resistência da seção paulista do PSDB. Ele até andou mudando a sua postura, abandonando o falso figurino de “conciliador” e radicalizando seu discurso. Mas não conseguiu emplacar. É visto como um político anódino e fanfarrão. Os tucanos mais venenosos chegam a ironizar que ele não aguenta sequer um bafômetro! Diante dos inúmeros obstáculos, Aécio já estaria avaliando a possibilidade de concorrer novamente ao governo de Minas Gerais.
Ressaca e insônia
Na entrevista, Geraldo Alckmin deixou explícito que nada está definido no PSDB. Daí a sua defesa matreira da consulta interna. “Vejo com simpatia, com boa possibilidade para a eleição presidencial, você fazer também uma primária, abrir esse debate no partido, ouvir mais o partido”. Na condição de um dos fiadores da campanha de Serra, ele também rejeitou assinar um documento garantindo que o tucano cumprirá o mandato na prefeitura, caso seja eleito. Ou seja: a bicadas tucanas continuam sangrentas!
A entrevista de Geraldo Alckmin deve ter causado uma baita ressaca em Aécio Neves e uma enorme insônia em José Serra!

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Os crimes da Privataria Tucana

BlogdoMiro

Os crimes de FHC serão punidos? 

Por Altamiro Borges

No grande circo armado pela mídia para o "julgamento do século" do chamado "mensalão do PT", até o ex-presidente FHC foi ressuscitado. Ontem (6), na abertura da 32ª Convenção do Atacadista Distribuidor, no Riocentro, ele reforçou o linchamento midiático exigindo a imediata punição dos réus. Na maior caradura, ele esbravejou: "Depois que eu ouvi do procurador-geral da República, houve crime. Crime tem que ser punido... Tenho confiança de que eles [STF] julgarão com serenidade, mas também com Justiça". 

FHC já pediu para esquecer o que ele escreveu. Mas não dá para esquecer as denúncias de corrupção que mancharam o seu triste reinado. O ex-presidente não tem moral para exigir punição de qualquer suspeito de irregularidades. Desde que foi desalojado do Palácio do Planalto, o rejeitado ex-presidente tenta se travestir de paladino da ética com objetivos meramente políticos e eleitoreiros. Ela agora explora oportunisticamente o julgamento no STF para impulsionar e animar as campanhas dos demotucanos às eleições de outubro.
A lista dos crimes tucanos
Se um dia houver, de fato, Justiça no país, FHC é que será julgado e punido por seus crimes. Listo abaixo alguns que merecem rigoroso julgamento da história:
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Denúncias abafadas: Já no início do seu primeiro mandato, em 19 de janeiro de 1995, FHC fincou o marco que mostraria a sua conivência com a corrupção. Ele extinguiu, por decreto, a Comissão Especial de Investigação, criada por Itamar Franco e formada por representantes da sociedade civil, que visava combater o desvio de recursos públicos. Em 2001, fustigado pela ameaça de uma CPI da Corrupção, ele criou a Controladoria-Geral da União, mas este órgão se notabilizou exatamente por abafar denúncias.

Caso Sivam. Também no início do seu primeiro mandato, surgiram denúncias de tráfico de influência e corrupção no contrato de execução do Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam/Sipam). O escândalo derrubou o brigadeiro Mauro Gandra e serviu para FHC “punir” o embaixador Júlio César dos Santos com uma promoção. Ele foi nomeado embaixador junto à FAO, em Roma, “um exílio dourado”. A empresa ESCA, encarregada de incorporar a tecnologia da estadunidense Raytheon, foi extinta por fraude comprovada contra a Previdência. Não houve CPI sobre o assunto. FHC bloqueou.

Pasta Rosa. Em fevereiro de 1996, a Procuradoria-Geral da República resolveu arquivar definitivamente os processos da pasta rosa. Era uma alusão à pasta com documentos citando doações ilegais de banqueiros para campanhas eleitorais de políticos da base de sustentação do governo. Naquele tempo, o procurador-geral, Geraldo Brindeiro, ficou conhecido pela alcunha de “engavetador-geral da República”.

Compra de votos. A reeleição de FHC custou caro ao país. Para mudar a Constituição, houve um pesado esquema para a compra de voto, conforme inúmeras denúncias feitas à época. Gravações revelaram que os deputados Ronivon Santiago e João Maia, do PFL do Acre, ganharam R$ 200 mil para votar a favor do projeto. Eles foram expulsos do partido e renunciaram aos mandatos. Outros três deputados acusados de vender o voto, Chicão Brígido, Osmir Lima e Zila Bezerra, foram absolvidos pelo plenário da Câmara. Como sempre, FHC resolveu o problema abafando-o e impedido a constituição de uma CPI.

Vale do Rio Doce. Apesar da mobilização da sociedade em defesa da CVRD, a empresa foi vendida num leilão por apenas R$ 3,3 bilhões, enquanto especialistas estimavam seu preço em ao menos R$ 30 bilhões. Foi um crime de lesa-pátria, pois a empresa era lucrativa e estratégica para os interesses nacionais. Ela detinha, além de enormes jazidas, uma gigantesca infra-estrutura acumulada ao longo de mais de 50 anos, com navios, portos e ferrovias. Um ano depois da privatização, seus novos donos anunciaram um lucro de R$ 1 bilhão. O preço pago pela empresa equivale hoje ao lucro trimestral da CVRD.

Privatização da Telebras. O jogo de cartas marcadas da privatização do sistema de telecomunicações envolveu diretamente o nome de FHC, citado em inúmeras gravações divulgadas pela imprensa. Vários “grampos” comprovaram o envolvimento de lobistas com autoridades tucanas. As fitas mostraram que informações privilegiadas foram repassadas aos “queridinhos” de FHC. O mais grave foi o preço que as empresas privadas pagaram pelo sistema Telebrás, cerca de R$ 22 bilhões. O detalhe é que nos dois anos e meio anteriores à “venda”, o governo investiu na infra-estrutura do setor mais de R$ 21 bilhões. Pior ainda, o BNDES ainda financiou metade dos R$ 8 bilhões dados como entrada neste meganegócio. Uma verdadeira rapinagem contra o Brasil e que o governo FHC impediu que fosse investigada.

Ex-caixa de FHC. A privatização do sistema Telebrás foi marcada pela suspeição. Ricardo Sérgio de Oliveira, ex-caixa das campanhas de FHC e do senador José Serra e ex-diretor do Banco do Brasil, foi acusado de cobrar R$ 90 milhões para ajudar na montagem do consórcio Telemar. Grampos do BNDES também flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do banco, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do Opportunity, que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende. Até FHC entrou na história, autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão. Além de “vender” o patrimônio público, o BNDES destinou cerca de 10 bilhões de reais para socorrer empresas que assumiram o controle das estatais privatizadas. Em uma das diversas operações, ele injetou 686,8 milhões de reais na Telemar, assumindo 25% do controle acionário da empresa.

Juiz Lalau. A escandalosa construção do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo levou para o ralo R$ 169 milhões. O caso surgiu em 1998, mas os nomes dos envolvidos só apareceram em 2000. A CPI do Judiciário contribuiu para levar à cadeia o juiz Nicolau dos Santos Neto, ex-presidente do TRT, e para cassar o mandato do senador Luiz Estevão, dois dos principais envolvidos no caso. Num dos maiores escândalos da era FHC, vários nomes ligados ao governo surgiram no emaranhado das denúncias. O pior é que FHC, ao ser questionado por que liberara as verbas para uma obra que o Tribunal de Contas já alertara que tinha irregularidades, respondeu de forma irresponsável: “assinei sem ver”.

Farra do Proer. O Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro Nacional (Proer) demonstrou, já em sua gênese, no final de 1995, como seriam as relações do governo FHC com o sistema financeiro. Para ele, o custo do programa ao Tesouro Nacional foi de 1% do PIB. Para os ex-presidentes do BC, Gustavo Loyola e Gustavo Franco, atingiu 3% do PIB. Mas para economistas da Cepal, os gastos chegaram a 12,3% do PIB, ou R$ 111,3 bilhões, incluindo a recapitalização do Banco do Brasil, da CEF e o socorro aos bancos estaduais. Vale lembrar que um dos socorridos foi o Banco Nacional, da família Magalhães Pinto, a qual tinha como agregado um dos filhos de FHC.

Desvalorização do real. De forma eleitoreira, FHC segurou a paridade entre o real e o dólar apenas para assegurar a sua reeleição em 1998, mesmo às custas da queima de bilhões de dólares das reservas do país. Comprovou-se o vazamento de informações do Banco Central. O PT divulgou uma lista com o nome de 24 bancos que lucraram com a mudança e de outros quatro que registraram movimentação especulativa suspeita às vésperas do anúncio das medidas. Há indícios da existência de um esquema dentro do BC para a venda de informações privilegiadas sobre câmbio e juros a determinados bancos ligados à turma de FHC. No bojo da desvalorização cambial, surgiu o escandaloso caso dos bancos Marka e FonteCindam, “graciosamente” socorridos pelo Banco Central com 1,6 bilhão de reais. Houve favorecimento descarado, com empréstimos em dólar a preços mais baixos do que os praticados pelo mercado.

Sudam e Sudene. De 1994 a 1999, houve uma orgia de fraudes na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), ultrapassando R$ 2 bilhões. Ao invés de desbaratar a corrupção e pôr os culpados na cadeia, FHC extinguiu o órgão. Já na Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), a farra também foi grande, com a apuração de desvios de R$ 1,4 bilhão. A prática consistia na emissão de notas fiscais frias para a comprovação de que os recursos do Fundo de Investimentos do Nordeste foram aplicados. Como fez com a Sudam, FHC extinguiu a Sudene, em vez de colocar os culpados na cadeia.