Já foi e continua sendo muito comentado o acordo nuclear alternativo que o presidente Lula conseguiu com o Irã, junto com a Turquia. Muitos não acreditaram que o Lula trouxesse este acordo e alguns, notadamente a Hillary Clinton, a senhora da guerra, não só não acreditou como ao saber de tal feito, tratou de logo de esboçar às pressas um rascunho de sanções contra o Irã. Afinal, onde já se viu um presidente de um pais emergente qualquer realizar uma reunião de tamanha responsabilidade mundial sem a tutela americana? Pois é, o Lula fez isso, e isso irritou a Hillary Clinton, mexeu em seu ego e balançou o mundo. Um mundo acostumado com a presença americana em todas as suas reuniões e decisões e que agora começa a mudar.
O Lula em meio a sua aprovação recorde de popularidade bem que poderia ficar com a bunda na cadeira e esperar que tudo se resolvesse em um passe de mágica no futuro, mas não; ele não quis mais esperar e foi até ao Irã e agora ele não só se lançou neste cenário, antes freqüentado pelas nações do primeiro mundo com seus super presidentes letrados, universitários e pós-graduados, mas também lançou o Brasil no topo da discussão mundial em torno de uma sonhada paz.
Agora a direita armamentista americana tem mais um dissabor: o Lula, que está querendo jogar gelo na guerra fria E.U.A x Irã e aí já dá para imaginar para que candidato a presidência do Brasil a direita americana irá apostar suas fichas. O candidato que sempre se ajoelhou a seus pés com o chapéu na mão e está disposto a continuar, a vender o pré-sal se possível e deixar que se construa quantas bases militares eles quiserem.
O Lula agora tem duas direitas contra ele; a direita brasileira e, como se não bastasse agora, a americana.
Esta eleição de outubro de 2010 para presidente da República do Brasil não só terá olhos domésticos, mas também terá, e muito, olhos internacionais. Com a inserção positiva do presidente Lula no cenário mundial em praticamente todos os aspectos, tanto a nível econômico, ajuda internacional, questionamentos cabíveis nas grandes contradições bélico-conflitivas E.U.A x “eixo do mal” e sua capacidade de agregar e articular melhores cenários para o futuro, está claro que esta eleição será plebiscitária; de um lado a ex-ministra Dilma representando a continuidade do legado de Lula ou o pós Lula e de outro o ex-governador José Serra representando o medo, a infâmia, a excrescência e discriminação, sob a égide da Direita.
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