domingo, 7 de junho de 2009

Blogosfera: mais um novo paradigma

O episódio da CPI da Petrobrás fez surgir mais um novo paradigma na Blogosfera: uma transparência nos questionamentos da “grande mídia” e nas respostas pelos questionados nos tais questionamentos. A Petrobrás de alguma forma não viu suas respostas serem publicadas na íntegra, portanto viu na Blogosfera seu meio mais transparente de publicá-las para que todos possam acompanhar e verificar as diferenças entre a publicação dessas repostas no seu blog e as publicadas na imprensa e esta já está sentindo o baque como vocês poderão ver abaixo a notícia do Vermelho. O PIG e seu imperador-mor, o Serra, acha, dentro de sua mente “iluminada” que somente ele pensa. Não vê também que o Governo pensa, que o Lula pensa, etc. E tem mais: o Governo já vem pulverizando as verbas publicitárias para outros veículos médios e menores de imprensa ao redor do Brasil. Como vocês vêem, são 2 duros golpes na “grande mídia”. Resta agora torcer para que o governo colabore na redução dos preços dos computadores, mas não só isso, que contribua também com a inclusão educacional das crianças e jovens.

Do Vermelho:

Mídia fica incomodada com transparência da Petrobras

Alvo de uma CPI no Congresso, a Petrobras decidiu tornar públicos, em um blog que criou na internet, os e-mails enviados por jornalistas que procuram a assessoria de comunicação da empresa, no Rio, para obter informações e esclarecimentos para reportagens que ainda estão em andamento. A conduta não tem nenhuma ilegalidade, foi adotada para deixar mais transparente a relação da empresa com a mídia, mas os veículos da grande imprensa, que vivem cobrando transparência dos órgãos públicos, ficaram incomodados com a iniciativa.

A empresa colocou o blog no ar no último dia 2, como parte da estratégia da comunicação lançada pela estatal após a abertura da CPI ( http://petrobrasfatosedados.wordpress.com ). Segundo a própria companhia, o blog foi criado para divulgar, de forma completa e transparente, o posicionamento da Companhia sobre as questões relativas à CPI.

Na noite de ontem, o objeto de reportagens que a Folha ainda apura --com questões endereçadas à empresa, para que possa oferecer a sua versão dos fatos-- foi publicado no blog pela Petrobras.

A Folha fez perguntas a respeito da contratação de advogados sem licitação, sobre os custos de um gasoduto no Amazonas e, por último, acerca de gastos com patrocínios de festas no Nordeste.

Questionado pela Folha, o gerente de imprensa da estatal, Lúcio Pimentel, disse que a Petrobras vai manter a decisão de divulgar e-mails de reportagens ainda em andamento. Disse que se trata de uma ''política de transparência'' adotada pela direção da empresa.

A atitude da Petrobras motivou os jornais ''O Estado de S. Paulo'' e ''O Globo'' a indagar se a empresa havia pedido autorização à Folha para divulgar seus e-mails. A Petrobras respondeu: ''Não houve divulgação do e-mail, e sim das perguntas e respostas dadas ao jornal [Folha]. No entendimento da Petrobras não há ilegalidade, pois o conteúdo divulgado é público''.

Segundo a companhia, a ''intenção é tornar públicas as respostas enviadas pela companhia, de forma completa e sem edição dos dados, sobre todos os questionamentos feitos pela imprensa''.

Segundo a Petrobras, o blog é gerido por ''profissionais da empresa''. De acordo com resposta divulgada mais cedo no blog, por conta de reportagem de ''O Globo'', a Petrobras conta com 1.050 jornalistas contratados, sendo 400 na área da comunicação institucional.

A Petrobras também tem usado o blog para comentar e criticar reportagens já publicadas pela imprensa.

Dos comentários postados no blog até a noite de ontem, a maioria era de apoio à companhia. Muitos atacavam veículos de comunicação e jornalistas. Conforme o texto sobre a política de comentários, eles precisam passar por um moderador da empresa antes de ir ao ar.

Segundo a Folha, o advogado José Paulo Cavalcanti Filho, especialista em legislação de imprensa, diz não ver ilegalidade. ''É apenas uma deselegância com os jornais. Do ponto de vista da democracia, não é ruim, pois a ideia é que a pergunta vai ao ar, de maneira que qualquer um do povo toma conhecimento.''

Com informações da Folha de S. Paulo

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