sábado, 28 de setembro de 2013

Íntegra de Inquérito 2245 que cita Globo no Mensalão e foi escondido por Barbosa

Ponto&Contraponto

Íntegra de Inquérito 2245 que cita Globo no Mensalão e foi escondido por Barbosa

joaquimBarbosaAcabei de receber do nosso  Stanley “Snowden” Burburinho mensagem contendo a íntegra do inquérito 2245, um dos inquéritos da ação penal 470 do STF, e assim como o inquérito 2474, também cita irregularidades ligadas a Rede Globo
Aqui nesse link você pode baixar o arquivo (clique direito sobre o link e selecionar a opção: “salvar link como”) INQ 2245 – denuncia mensalao – Cita a Globo

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Celso de Mello dá um contra-golpe no PIG e aceita os embargos infringentes e de quebra, uma lição de moral


Talvez fosse melhor que o Joaquim Batman Barbosa não adiasse em uma semana o voto do Ministro Celso de Mello. O JB apostou neste adiamento covarde, só para ver se o Celso de Mello cederia às pressões da Mídia e da oposição, mas perdeu a aposta, visto que o próprio Ministro manifestou a intenção de votar rapidamente na semana passada os embargos infringentes. Mas o tiro saiu pela culatra.
Não só o Ministro Celso de Mello não cedeu às pressões de todo o tipo, como teve tempo de estudar mais o assunto e a Constituição, referendando assim seu voto. E tem mais; foi uma verdadeira lição de moral para os ministros que votaram contra os embargos, encabeçados pelo furor midiático de Joaquim Barbosa.
Eu mesmo tive dúvidas que o Ministro Celso de Mello conseguisse resistir às pressões da mídia. Enfim venceu a Justiça e perdeu a Mídia.
Não foi nenhuma vitória dos petistas do processo do "mensalão", mas com certeza foi uma grande e grande derrota da Mídia, PIG, direita e oposição, que queriam a cabeça do Zé Dirceu a qualquer custo e com pressa e aí tiveram que assistir durante 02:05, não um discurso, não um comício, mas uma verdadeira lição de moral que deixou toda a galera midiática de rabo entre as pernas.
Parabéns Ministro Celso de Mello e desculpe-me por não ter acreditado antes que o Sr. teria tanta coragem e eloquência nas palavras e nas atitudes.

sábado, 14 de setembro de 2013

Aécio não deslancha: Volta Serra, volta!

Como o Aécio não deslancha nas pesquisas, Serra diz que fica. Daqui a pouco vamos ver o coro dos tucanos: "fica Serra, fica!".

Brasil247

Aécio: "Estaremos (eu e Serra) juntos em 2014"


quarta-feira, 11 de setembro de 2013

O repúdio de Dirceu à manchete do Globo de hoje

Hoje a capa do Globo teve a real intenção de jogar o José Dirceu contra o STF onde diz: "Zé Dirceu desafia o STF"

Leiam abaixo a resposta do Zé Dirceu.



Escrevo em repúdio à manchete de hoje do jornal O Globo, que me acusa de desafiar o STF. A conclusão exposta pelo jornal em sua primeira página se baseia em entrevista que concedi à TV da Fundação Perseu Abramo. Qualquer um que tenha assistido à entrevista, ainda disponível na internet, sabe que em nenhum momento desafiei o Supremo. A interpretação adotada pelo Globo e sua opção por alçá-la à manchete traem a intenção de interferir no andamento da ação penal 470.
O que fiz na entrevista foi apenas reafirmar meu direito à revisão criminal, procedimento garantido pela Constituição e pelas leis penais. E também meu direito de recorrer à Corte Interamericana de Direitos Humanos, de cuja convenção o Brasil é signatário por aprovação do Congresso Nacional, estando submetido a ela não apenas nosso governo, mas também o poder Judiciário.
As Organizações Globo não têm legitimidade para me acusar de afronta à Justiça. Elas, sim, têm em sua história passagem notável de afronta ao STF, ao apoiar o golpe militar, a ditadura e o AI-5, que usurpou os poderes constitucionais do Supremo, eliminou as garantias individuais, o habeas corpus, a liberdade de expressão e organização. Eu estava do outro lado da trincheira, defendendo a democracia.

sábado, 7 de setembro de 2013

Atitude republicana de Serra provoca ira de seus seguidores



O Serra que sempre plantou ódio ao Governo e ao PT, com seu ato republicano de solidariedade à nossa presidente em relação a espionagem cibernética americana, provocou crítica generalizada por seus seguidores no Facebook.
Ora, ele que sempre plantou ódio ao Lula, Dilma, Governo e PT frente a seus eleitores achou que com a declaração de apoio a presidente Dilma nesse episódio fosse ovacionado quis colher elogios, mas deu errado. Seus seguidores caíram pra cima dele.
Serra, apesar de Serra, nesse episódio republicano mostrou-se maior que Aécio, FHC, Roberto Freire, PIG e extrema direita. Dou razão a ele quando não enxerga em Aécio preparado para ser presidente.
Realmente, o Aécio é pequeno mesmo.
Contudo Serra não é burro em seu apoio pontual à Dilma. Ele sabe que iria provocar algumas críticas, mas uma pergunta que não quer calar: estaria Serra se despedindo do PSDB?
 
 


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Dirceu e o declínio da Globo


2/9/2013 13:22
Por Miguel do Rosário - do Rio de Janeiro

Zé Dirceu, em 1968
Dirceu, em 1968
Observe a foto ao alto deste post. O jovem Dirceu sustenta um braço esticado, mãos abertas, como se mandasse uma mensagem de “pare aí” para um interlocutor que não vemos. Por uma dessas coincidências enigmáticas da vida, me parece uma correspondência perfeita com o que ele vive hoje. O interlocutor invisível são as forças que hoje lhe perseguem, também algo invisíveis, escondidas sob o manto obscuro de um moralismo de ocasião, com rosto mascarado por editoriais anônimos. A expressão facial de Dirceu também é curiosa. Nos olhos se vê um pouco de apreensão, perplexidade, até mesmo medo, mas a boca sugere um levíssimo sorriso desafiador, como se tivesse consciência de seu papel, ou como se o temor visto em seus olhos fosse um disfarce.
Quando um oficial se via isolado e cercado pelos inimigos, nas guerras tradicionais, ele fazia de tudo para que estes perdessem o máximo de tempo com si mesmo, visando consumir as forças adversárias. Com isso, explicaríamos também o gesto do braço. Ele seria não apenas um gesto de “afaste-se”, mas também um chamado. Bastaria virar as palmas para cima e mexer os dedos. Dirceu chama para si mesmo as forças reacionárias, num esforço heroico e suicida, para que elas consumam suas forças tentando destruí-lo. Enquanto isso, o resto das tropas avançam. O Brasil se desenvolve. E Dirceu se transforma, talvez sem muita consciência disso, num mártir semiológico pós-moderno. Ele se ofereceu em sacrifício aos chacais da mídia, permitindo que o lulismo seguisse adiante, concretizando políticas sociais urgentes, reformando o Estado, acumulando forças para embates futuros.
Jamais um político ocidental foi tão satanizado pela mídia como José Dirceu. A agressão simbólica, semiológica, gráfica, audiovisual, literária, política, jurídica e até mesmo econômica que este homem sofreu não tem paralelo na história das democracias modernas.
Todas as forças obscuras, golpistas, reacionárias, se uniram para derrotar José Dirceu. Não visaram apenas o homem, mas toda sua história. Era preciso aniquilar o mito, afinal Dirceu era o quadro intelectualmente mais preparado do Partido dos Trabalhadores, e poderia vir a ser o próximo presidente da República.
A destruição de Dirceu transformou-se no símbolo do esforço da mídia para criminalizar a política. Esforço este que tem sido uma de suas prioridades. Quando a mídia chama os blogueiros de “chapa-branca” por se posicionarem às claras num lado do embate político e ideológico, e os acusa de receberem, clandestinamente ou não, dinheiro do campo que defendem, usa a mesma tática de criminalização. Uma tática sobretudo hipócrita porque ninguém jamais recebeu tanto dinheiro do Estado, via publicidade, financiamentos, leis favoráveis, do que os grupos tradicionais de mídia. Recebeu e recebe.
A criminalização de Dirceu, e a pressão inaudita que a mídia exerceu sobre a opinião social, sobre a Procuradoria Geral da República e depois sobre o Supremo Tribunal Federal, para condená-lo sumariamente, independente dos autos e das provas, e jogá-lo numa prisão, são a perfeita síntese deste objetivo: criminalizar a política é uma forma sutil de manietar a democracia e entregá-la nas mãos das famílias que controlam os meios de comunicação.
O clã Marinho detêm a maior fortuna já amealhada por uma só família brasileira em 500 anos de história. Nem a família imperial, nem a monarquia portuguesa, jamais possuíram um poder financeiro tão avassalador: R$ 52 bilhões. Por isso é um imperativo moral que o governo brasileiro interrompa imediatamente qualquer transferência de recurso público para esta empresa. Eles já têm dinheiro demais. Um poder midiático dessa magnitude, somado ao gigantismo financeiro de seus proprietários, representa uma ameaça ao regime democrático e à igualdade de condições entre os diferentes agentes políticos que é condição vital para a existência de uma democracia.
Prender Dirceu tornou-se uma obsessão para as Organizações Globo. Será uma prova de seu poder. A vingança contra as derrotas que a democracia lhe impôs desde que a sociedade impôs o fim da ditadura. Derrotas intermitentes e relativas, é verdade, visto que a Globo venceu em 1989, com a eleição de Collor, cuja eleição não apenas apoiou como colaborou decisivamente através da manipulação do último debate na TV; venceu depois com a deposição do mesmo Collor, quando este já tinha realizado as reformas que a Globo defendia e lhe interessava a partir de então se afastar de sua impopularidade.
Venceu em 1994 e 1998, com a eleição de FHC, abafando o escândalo da reeleição e minimizando os problemas econômicos que se acumulavam; de certa maneira, também venceu durante os governos petistas, ao impor uma política de comunicação que lhe permitiu superar sua crise financeira e consolidar-se como a família mais rica do país. Os seis ou sete bilhões de reais que a Secom deu à Globo, nos últimos 11 anos, ajudaram-na a esmagar seus concorrentes, via práticas monopolísticas e predatórias no mercado publicitário, e a transformar a família Marinho num Leviatã tatuado com uma cifra na testa.
Entretanto, mesmo reunindo um patrimônio tão impressionante, a Globo tem visto seu poder minguar. Seu principal ativo, uma concessão pública, tem perdido audiência para internet e outros canais, abertos ou fechados. Seu lobby no parlamento declinou. O jovem de classe média hoje vê a Globo como um veículo cafona, sem graça e anacrônico. Suas apostas presidenciais falharam e prometem falhar outra vez no ano que vem.
A estratégia inconsciente de Dirceu, portanto, acabou dando certo. A Globo investiu tantos recursos em sua destruição que negligenciou o resto do exército. Enquanto Globo e Veja continuam a dar capas e mais capas contra Dirceu, o Brasil profundo continua melhorando de vida. E se hoje se tornou mais crítico e mais contestador, se exige mais dos governos, também está cobrando mais da mídia, que vê igualmente como um agente político, e dos mais conservadores e odiosos. A queda de “popularidade” que tanto assustou os políticos, como vemos, também atingiu em cheio a Rede Globo. A verdade, enfim, é dura…
Em mensagem a militantes enviada hoje pela manhã, o ex-ministro confirmou que irá apelar a todas as instâncias possíveis para lutar por sua inocência. Levará seu caso à Organização dos Estados Americanos (OEA), para denunciar os vários abusos que sofreu, junto com outros réus, no curso da Ação Penal 470: “ausência da dupla jurisdição, a opressiva publicidade, um julgamento ao vivo pelas redes de TV, a falta de provas, o desconhecimento das provas da defesa, a farsa do dinheiro público e do desvio dos recursos da Visanet, o uso indevido da Teoria do Domínio do Fato, o julgamento durante as eleições, as condenações as vésperas do primeiro e segundo turno, as penas absurdas numa violação aberta do código e da jurisprudência, a ausência de ato de oficio, no meu caso o reconhecimento explícito pelo MP e Ministros da ausência de provas.”
O ex-deputado lembra que hoje há “farto material de provas colhidos pela revista Retrato do Brasil” que provam o uso regular dos recursos da Visanet e apontam os erros grosseiros da procuradoria e do STF.
Íntegra da mensagem de Dirceu:
Prezada … minha gratidão pelo apoio, solidariedade e presença amiga, vou lutar, vamos lutar, ate provar minha inocência, vou a revisão criminal e as cortes internacionais, a farsa e o julgamento de exceção tem que ser denunciado, a violação dos mínimos direitos da defesa e das garantias individuais, a ausência da dupla jurisdição, a opressiva publicidade, um julgamento ao vivo pelas redes de TV, a falta de provas, o desconhecimento das provas da defesa, a farsa do dinheiro publico e do desvio dos recursos da Visanet, o uso indevido da Teoria do Domínio do Fato, o julgamento durante as eleições, as condenações as vésperas do primeiro e segundo turno, as penas absurdas numa violação aberta do código e da jurisprudência, a ausência de ato de oficio, no meu caso o reconhecimento explicito pelo MP e Ministros da ausência de provas, ha farto material de provas colhidos pela revista Retrato do Brasil, vamos a luta conto com você e sua indignação que e minha também. Estou as ordens para juntos vencermos essa batalha, nada me impedira, vou lutar sempre. Abraços. Zé.
Miguel do Rosário é jornalista, editor do blog O Cafezinho.

domingo, 1 de setembro de 2013

Altamiro Borges: Globo admite "erro" em 64. Haja medo!

 

Quando era com os outros era ótimo, mas agora...
Quando os protestos pareciam ser só contra o governo a Globo comemorava. Ela riu quando eles invadiram o congresso. Mas agora quando os protestos batem em sua porta, haja medo!

Blog do Miro

Por Altamiro Borges

O Globo publicou neste sábado (31) um artigo que entrará para a história da mídia nativa. O jornal finalmente assume que o "apoio editorial ao golpe de 64 foi um erro" - estampa já no título. O texto é maroto, cheio de distorções históricas, mas confirma que a arrogante Rede Globo está com medo. Medo dos protestos de rua contra o império global, que um dia antes voltaram a ocupar os portões da emissora em vários estados. Medo da repercussão na blogosfera das denúncias sobre a bilionária sonegação fiscal da empresa. Medo da concorrência no setor, principalmente com a presença das multinacionais da tecnologia, como a Google, que abocanham gordas fatias do mercado publicitário.
Com o editorial, a famiglia Marinho tenta recuperar um pouco da credibilidade perdida, expressa na queda da tiragem do jornal e da audiência da emissora. O jornalão mesmo admite que os protestos de rua estão incomodando. "Desde as manifestações de junho, um coro voltou às ruas: 'A verdade é dura, a Globo apoiou a ditadura'. De fato, trata-se de uma verdade, e, também de fato, de uma verdade dura. Já há muitos anos, em discussões internas, as Organizações Globo reconhecem que, à luz da História, esse apoio foi um erro". Mas só agora o império confirmou o seu bárbaro crime!

O jornal garante que o texto de autocrítica já estava pronto há meses - mas quem vai acreditar num império que sempre mente e manipula? E afirma, posando de humilde: "Não lamentamos que essa publicação não tenha vindo antes da onda de manifestações, como teria sido possível. Porque as ruas nos deram ainda mais certeza de que a avaliação que se fazia internamente era correta e que o reconhecimento do erro, necessário. Governos e instituições têm, de alguma forma, que responder ao clamor das ruas. De nossa parte, é o que fazemos agora, reafirmando o nosso incondicional e perene apego aos valores democráticos". Só mesmo um ingênuo para acreditar nesta bravata!
Na sequência, o texto ainda tenta justificar o apoio ao golpe. "O Globo, de fato, à época, concordou com a intervenção militar, ao lado de outros grandes jornais, como 'O Estado de S.Paulo', 'Folha', 'Jornal do Brasil' e o 'Correio da Manhã', para citar apenas alguns. Fez o mesmo parcela importante da população, um apoio expresso em manifestações e passeatas organizadas em Rio, São Paulo e outras capitais. Naqueles instantes, justificavam a intervenção dos militares pelo temor de outro golpe, a ser desfechado pelo presidente João Goulart, com amplo apoio de sindicatos - Jango era criticado por tentar instalar uma 'república sindical' - e de alguns segmentos das Forças Armadas".
O Globo só não confessa que ajudou a criar o clima para o golpe militar, que investiu pesado para desestabilizar um governo democraticamente eleito e que manipulou para incitar a classe "mérdia". O jornal também nada fala sobre a conspiração orquestrada pelo governo dos EUA, pelo latifúndio e por grandes empresários contras as "reformas de base" anunciadas por Jango. Um complô em que a imprensa, historicamente reacionária, teve papel determinante. Pesquisas da época indicam que João Goulart tinha o apoio da maioria da sociedade. Mas o "partido da imprensa golpista" fez de tudo para derrubá-lo e para instalar uma ditadura sanguinária no país.
O editorial ainda afirma que "naquele contexto, o golpe, chamado de 'Revolução', termo adotado pelo Globo durante muito tempo, era visto como a única alternativa para manter no Brasil uma democracia". O jornal nada fala sobre os seus vínculos estreitos com os generais golpistas e os torturadores e assassinos da ditadura. Não explica como a famiglia Marinho construiu seu poderoso império com o apoio do regime militar. No maior cinismo, ainda insinua que ajudou na luta pela democratização do país. "Nos vinte anos durante os quais a ditadura perdurou, O Globo, nos períodos agudos de crise, mesmo sem retirar o apoio aos militares, sempre cobrou deles o restabelecimento, no menor prazo possível, da normalidade democrática".
O Globo não explica porque escondeu a campanha das Diretas-Já, tornando um ato da campanha numa "festa de aniversário" de São Paulo; porque maquiou Collor de Mello como o "caçador de marajás' para derrotar o operário Lula nas eleições presidenciais; porque foi o baluarte do projeto destrutivo e regressivo do neoliberalismo no triste reinado de FHC. Também nada fala sobre a sua ofensiva para "sangrar" de Lula e da sua campanha descarada contra a eleição de Dilma Rousseff. 
Ao final, o editorial afirma que "a História não é apenas uma descrição de fatos, que se sucedem uns aos outros. Ela é o mais poderoso instrumento de que o homem dispõe para seguir com segurança rumo ao futuro: aprende-se com os erros cometidos e se enriquece ao reconhecê-los". A famiglia Marinho não aprendeu nada com a História!