domingo, 25 de setembro de 2011

É a Marcha da corrupção: 30% das emendas da Assembléia de SP foram compradas

Em São Paulo, caso se comprove, tudo indica que está contra a corrente. Enquanto o Cansei faz um tremendo esforço para não deixar morrer a "Marcha contra a corrupção", em São Paulo parece haver uma marcha da corrupção com a recente denúncia-bomba de que 30% das emendas da Assembléia de São Paulo foram compradas.
Como tenho escrito em posts anteriores, São Paulo é uma verdadeira oficina para atuação da "Marcha contra a corrupção", pois lá parece haver um poço sem fundo de tanta corrupção.
Vamos ver, agora com a possibilidade da existência de um Mensalão Tucano, se a tal "Marcha" irá fazer manifestações na ALESP. Mas como lá é o coração do Cansei, não sei se isso vai rolar.

Leia sobre o assunto no Estadão

E o vídeo sobre a denúncia.


sábado, 24 de setembro de 2011

Fim do Cansei II; que venha o Cansei III.

Depois que o Cansei II, travestido de "Marcha contra a corrupção", foi devidamente desmascarado pela Blogosfera, agora vamos nos preparar para o Cansei III ou o Cansei 3.0 (acho que 3.0 é mais chique). Veja abaixo o texto de Maucício Dias na Carta Capital.


A marcha da insensatez

No Rio de Janeiro, na tarde de 20 de setembro, houve a segunda rodada de manifestações contra a corrupção no País. A primeira, no dia 7, foi simultânea às solenidades da Independência. Em Brasília, calcularam 25 mil pessoas presentes na marcha pela Esplanada dos Ministérios. O número pode ter sido engordado por aqueles que foram ver o desfile oficial.

De qualquer forma, na capital do País, nas imediações do Congresso Nacional, ocorreu o movimento mais numeroso, simultaneamente ao que ocorria também em outros estados da federação.

No Rio, desta vez, o palco dos manifestantes foi a praça da Cinelândia, no centro da cidade. Os organizadores, confiantes nas redes sociais, anunciaram que haveria cerca de 30 mil pessoas. Compareceram, aproximadamente, 2,5 mil, segundo cálculos do comando da Polícia Militar.

Nessa “multidinha”, antônimo popular de multidão, alguns erguiam vassouras, símbolo da faxina moralista de Jânio Quadros, aquele cidadão conturbado que ocupou a Presidência da República por sete meses, antes de renunciar. Outros empunhavam cartazes propondo a transformação da corrupção em crime hediondo e pregando o fim do voto secreto no Congresso, onde, por sinal, acaba de ser criada a Frente Parlamentar em Defesa do Voto Aberto, cuja vanguarda é o PSOL, partido nascido da costela do PT, formado em reação moral ao “mensalão”.

Essas manifestações, à direita e à esquerda, expressam em conjunto uma insensata demonização da política.

O “voto aberto” entrou em pauta em 2005, após os episódios do chamado “mensalão” e “sanguessugas”.

Depois de amputado o ritual da presunção de inocência com a lei chamada de “Ficha Limpa” atacam, agora, o voto secreto no Parlamento, implantado para garantir a independência dos integrantes do Legislativo diante de tentativas de interferência e pressões do Executivo. Eventualmente, esse sistema pode livrar parlamentares da camisa de força da própria disciplina partidária, como pode ocorrer em casos de objeção de consciência.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Marcha contra a corrupção: Sidney Resende e Caco Barcelos desmascaram o Cansei II.

Protesto 'Contra a Corrupção' é incompleto

Sidney Rezende | Sidney Rezende | 20/09/2011 21h36
As manifestações que pipocam em algum propósitas capitais brasileiras com oo de ser um movimento de protesto "Contra a Corrupção" partem de uma premissa falsa e incompleta.
É óbvio que um grupo expressivo de políticos habitam um covil onde é comum se praticar o "mal feito", como diz a presidente Dilma Rousseff. E é mais óbvio ainda que esta canalhada precisa ser denunciada.
Ocorre que estes movimentos "Contra a Corrupção" caem como uma luva para derrotados nas urnas que precisam tirar alguma vantagem destas manifestações moralistas.
E mais, por que os "indignados" não começam a listar os corruptores? Estes sim são os que manobram os títeres de mão grande que usurpam os cofres públicos.
Não duvidemos que existam presidentes e diretores de grandes empresas, ou mesmo médias, que tiram vantagens para suas organizações.
Durante o governo Collor, vasculharam a vida do caixa de campanha do presidente, Paulo César Farias, o PC, e logo, logo, rapidinho, apagaram os nomes dos executivos das montadoras "nacionais" que drenaram o duto para sustentar o poder collorido.
A crença destes empresários sempre foi a de se beneficiarem das medidas patrocinadas por quem foi apoiado por eles. Primeiro, financiam as campanhas e, depois, esperam tranquilos os contratos. Muitas vezes sem licitação.
A maior corrupção está nas áreas de saúde e transporte. Quem sentirá falta de alguns milhões de reais, pensam os larápios. E tome desvio. Dizem que a área esportiva é a boa do momento. Os ratinhos estão com os dentinhos afiados.
O ex-ministro Antonio Pallocci saiu sob suspeita de enriquecimento meteórico e de difícil justificativa. E tudo ficou por isso mesmo. Até o publicitário Delúbio Soares deve escapar numa boa.
Outro dia, um leitor aqui no espaço de comentários do blog escreveu que rico não vai para a cadeia e que a punição é só para pobre. Alguém tem coragem de discutir com ele?
O Brasil não valoriza o mérito. Ainda é a terra da "Casa Grande" e "Senzala". Quem vem debaixo não pode vencer. Por isso movimentos contra a corrupção preferem alvejar o genérico "político" e não o específico "corruptor privado". Os "empresários" são bacanas e do primeiro andar.
E, se alguém tiver coragem de enfrentá-los, a grande mídia não cobre, não é mesmo?

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Caro Barcelos: "Faço jornalismo, não militância política"

 


Não poderia deixar de abordar um belo momento do jornalismo brasileiro, a prova definitiva de que não se pode discriminar profissionais que, até por falta de opção, trabalham para o oligopólio pretensamente imperial e antidemocrático que domina a comunicação no Brasil.

Na terça-feira (20), por volta das 19 horas, foi ao ar o programa da emissora a cabo Globo News, o “Em Pauta”, apresentado pelo jornalista Sergio Aguiar, que entrevistou o jornalista Caco Barcelos e teve a participação virtual da jornalista Eliane Cantanhêde.

O começo da entrevista deixa bastante claro que Barcelos, um repórter renomado e corajoso, não seria presa fácil para a manipulação de seus empregadores. Reproduzo, a seguir, esse diálogo entre entrevistador e entrevistado.


Sergio Aguiar — Vamos explorar esse seu lado repórter, primeiro: como é que estava a manifestação, lá?

Caco Barcelos — Três mil pessoas me parecem uma forte manifestação “virtual”; o Facebook fala mais de 30 mil pessoas. Na rua, na praça, pouco. Por volta de três mil…

Aguiar — Foi mais “devagar” do que se esperava, então?

(…)

Barcelos — É interessante, não é, o pessoal com vassoura? Eu lembro do tempo do Jânio Quadros. O pessoal usava vassoura para “varrer os comunistas”, queriam um regime militar… Não é?

Aguiar — A Vassoura volta, agora, a entrar na moda, será?

Barcelos — Talvez com outra conotação…

(…)

Barcelos — Interessante, também, que ninguém protesta contra os corruptores; só contra os corruptos… (sorriso)

Aguiar — Agora, você acha que essa mobilização menor do que o esperada [sic] é porque o brasileiro está um pouco descrente?

Barcelos — Não sei te dizer…

(…)

—–

A Globo mutilou esse belo momento de coragem de um militante do bom jornalismo, responsável, apartidário, e que, dali em diante, travaria com Eliane Cantanhêde um diálogo que constitui um dos mais completos diagnósticos da crise por que passa a grande imprensa brasileira.

No site do programa “Em Pauta”, a Globo cortou o resto da entrevista, quando Barcelos diz a Cantanhêde tudo o que tem sido dito pelos que militam pela democratização da comunicação no Brasil. Falou sobre os assassinatos de reputação, do “jornalismo declaratório”, que distribui acusações que, posteriormente, não são comprovadas, o que faz com que gente inocente pague.
.
Cantanhêde ainda tentou argumentar que a denúncia da mídia contra o ex-ministro Antonio Palocci, por exemplo, revelou-se “verdadeira” porque se descobriu que ele tinha um apartamento de 6 milhões de reais e, apesar disso, viveria em um apartamento alugado por uma imobiliária que tentou caracterizar como suspeita, apesar de que tal denúncia jamais se mostrou verdadeira.

Barcelos disse a ela que discorda porque faz jornalismo e não “militância política”. E reiterou que há vários exemplos de casos em que a mídia acusou sem provas e as pessoas acusadas, depois, mostraram-se inocentes.

A censura que a Globo impôs a parte da entrevista insinua que Barcelos pode ter problemas. Não será surpresa se, apesar de seu currículo invejável, vier a se juntar outros que  tiveram que deixar a Globo por discordarem do patrão.

Resta dizer que, apesar de haver quem julgue que essas manifestações “contra a corrupção” não passam de militância política da mídia, como bem definiu Barcelos, ele parece se deixar seduzir pela idéia de que a mídia tentar pôr o povo na rua lembra os idos de 1964…



domingo, 18 de setembro de 2011

Para Entender a Marcha contra a Corrupção

Veja se realmente este movimento é apartidário, como dizem seus líderes. De qualquer modo, como escrevi anteriormente, São Paulo é a oficina ideal para se inicar a limpeza ética anti-corrupção.

Curso Básico de Jornalismo Manipulativo

Alguns de nossos alunos ficaram confusos sobre qual posição adotar a respeito da chamada “Marcha Contra a Corrupção”, patrocinada e incentivada por nossos aliados, e realizada no dia 7 de setembro.
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O blogueiro da “Veja”, Reinaldo Azevedo, comemorando a adesão ao seu lema pelos participantes da marcha:


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A confusão procede: uma ação mais incisiva contra a corrupção poderia chegar a setores nada recomendáveis. Mesmo a aparentemente inócua (para o “nosso lado”) CPI da Corrupção, apoiada por eminentes oposicionistas, …

… poderia ser desvirtuada pela convocação de notórios corruptores, colocando em risco alguns dos principais financiadores do “nosso lado”.
Vamos, então, aos esclarecimentos necessários.
Primeiro, consideramos infeliz a escolha do nome “Marcha”. Civil não faz marcha: faz passeata. A palavra “marcha” lembra um tempo que a maioria da população preferiria esquecer, embora muitos dos nossos colegas sonhem com a volta dos valores e das práticas daquela época sombria.
Segundo, precisamos explicar por que uma marcha contra a corrupção feita em São Paulo não trouxe nenhuma lembrança dos mais notórios casos de corrupção verificados naquela cidade e naquele Estado – a saber, nenhuma faixa sobre:
. O escândalo internacional da Alstom.
. O caso do Rouboanel (denominação criada pelos próprios paulistanos).
. Os postos de arrecadação política dos pedágios.
. As fraudes comprovadas na construção das linhas do metrô.
. A famosa Cratera do Metrô.
. O Caso Paulo Preto.
. Os casos dos parentes do governador Alckmin.
. O aparelhamento de órgãos estatais com políticos do PSDB e do DEM derrotados em outros Estados.
E muitos outros mais.
A explicação é simples. Para todo o Brasil, São Paulo é o símbolo nacional da impunidade, na luta contra a corrupção. Tanto a Câmara Municipal quanto a Assembleia Estadual barram, por ordem do Executivo, qualquer tentativa de apuração de irregularidades e de desvio de verbas.
No Estado, governado pelo PSDB desde 1995, nenhuma CPI investigativa foi instaurada pelos legisladores. Mais de 70 pedidos de investigação repousam nas lixeiras da Casa.
Em nossas marchas, você jamais verá um cartaz desses tendo São Paulo como alvo.

(E se você estranhou a presença de faixas contra o prefeito Gilberto Kassab na Marcha, e também a denúncia do “Estado de S. Paulo” sobre uma concorrência fraudada, feita no dia seguinte, saiba que o prefeito se tornou um inimigo político de José Serra. A crítica, antes proibida, agora está liberada.)
Em São Paulo nada se investiga, nada se pune. Não faria sentido o “nosso lado” apoiar uma marcha que fizesse denúncias contra nossos mais ilustres políticos. Nesse Estado e em todo o País, o foco deve ser o mesmo de sempre: o Governo Federal e os políticos do grupo que substituiu nosso grupo de aliados em Brasília.


Terceiro, façamos uma breve e didática análise do processo da corrupção para que você entenda o sentido desse movimento em nossa luta pelo poder.
O processo da corrupção
A corrupção é um processo, e como todo processo ela se desenvolve por fases. Didaticamente, a prática desse processo desenvolve-se deste modo.
1. A intenção de corromper.
Alguém tem a ideia de lucrar, de maneira ilícita, com uma oportunidade: um amigo bem colocado na estrutura do poder, uma concorrência pública, uma verba recém-aprovada. No processo, esta é a fase “Luzinha acesa sobre a cabeça”.
2. A iniciativa de corromper.
Essa pessoa (ou esse grupo empresarial, como uma empreiteira, um banco, uma holding) toma a iniciativa de buscar ativamente esse benefício. A corrupção deixa de ser subjetiva e passa ao plano objetivo, da realidade, do comportamento. No processo, esta é a fase “Tô chegando”.
3. A proposta de corrupção.
O agente da corrupção faz a proposta à pessoa certa, diretamente ou, na maoria dos casos, por meio de um representante. Essa é a função clássica dos lobistas, profissionais especializados em cor… convencer uma outra pessoa sobre as vantagens mútuas de um negócio ilícito. No processo, esta é a fase “Vamos lucrar?”.
Você já pensou por que quase não se encontram reportagens sobre lobistas na imprensa, essa categoria de profissionais sombrios que infesta as casas legislativas e que promove animadas festas noturnas nas quais…? Bem, você sabe.
4. A aceitação da proposta.
O alvo do corruptor aceita a proposta. No processo, esta é a fase “Oba!”.
5. O fechamento do trato.
As duas partes chegam a um acordo, mutuamente benéfico. No processo, esta é a fase “Unidos venceremos”.
6. O primeiro pagamento.
Em certos casos, um primeiro pagamento consolida o acordo e garante ao corrupto um ganho concreto, mesmo que o resultado futuro não seja o pretendido por ambas as partes. No processo, esta é a fase “Te paguei em confiança. Olha lá, heim?”.
7. O cumprimento do acordo.
O corrupto cumpre o acordo: o negócio ilícito é afinal realizado. Um benefício é concedido a uma pessoa ou empresa, uma concorrência é fraudada, uma verba é destinada a quem não a merece. No processo, esta é a fase “Gostou do resultado?”.
8. O pagamento final.
O corruptor, que tinha iniciado o processo, põe um termo a ele ao fazer o pagamento do serviço prestado. No processo, esta é a fase “Unidos, vencemos”.
Repare como esse processo serve para mapear até mesmo uma corrupção em escala menor, como o suborno de um guarda: pego numa blitz, o motorista tem ideia de sair-se da enrascada sem pagar a vultosa multa (1), engata uma conversa inicialmente cautelosa (2) e, percebendo a receptividade do guarda, faz a proposta (3): uma cerveja caprichada, e estamos conversados. O policial aceita a proposta (4), os dois combinam como o pagamento será feito (5), este é realizado (6-8), e o policial cumpre o acordo de não multar o infrator, em troca de um benefício ilegal (7).
Qualquer análise racional descobrirá o óbvio: o corruptor está no início, no meio e no fim do processo. Sem ele, não existiria corrupção. É ele quem toma a iniciativa de corromper, e é ele quem tem o recurso mais valioso na negociação (o dinheiro), quem estabelece as bases da proposta e quem faz o pagamento que concretiza a corrupção.
A lei reconhece essa verdade simples ao denominar os crimes como corrupção ativa (o crime do agente, do corruptor) e corrupção passiva (o crime do corrompido, daquele que aceita participar do esquema ilícito).
Reza o ditado: “Corruptos são ervilhas; corruptores são pérolas”. De um lado, uma multidão disponível e barata; do outro, poucos endinheirados. Corruptos são substituíveis: se determinado alvo faz jogo duro, cisma de ser honesto, recusa-se a aceitar propostas mutuamente vantajosas, basta uma campanha pela imprensa, um lobby num Ministério, ou mesmo uma ação mais radical, como o assassinato, e está resolvido o problema eventual. Uma autoridade mais compreensiva assume a função, e segue o jogo.
Um exemplo: há poucos anos, no Rio de Janeiro, vários responsáveis pela compra de medicamentos para os hospitais públicos foram alvos de atentado por se recusarem a fazer o jogo das empresas.
Já os corruptores são poucos e poderosos.
Portanto, um movimento inteligente de combate à corrupção focaria em três medidas básicas:
1. Ataque à causa do problema, ou seja, à fonte da corrupção: o corruptor.
2. Redação de leis inteligentes e ágeis, em que as penas fossem proporcionais à responsabilidade: no caso, uma pena bem maior para o corruptor.
3. Punições adicionais que atingissem o “bolso” do corruptor.
Por exemplo, após a condenação, a proibição de realizar, durante 10 anos, outro negócio com o Estado.
No âmbito psicossocial, esse movimento lutaria por uma cena de impacto: a foto da prisão de um corruptor. Uma situação capaz de assustar toda a cadeia (opa!) da corrupção.
Tenho certeza de que você se lembrará de uma foto semelhante, que marcou uma operação da Polícia Federal, há alguns anos (e ele foi algemado, ainda por cima…), como também se lembrará da reação imediata e surpreendente das “altas esferas” que tornou impossível repetir esse procedimento humilhante contra notórios corruptores.
Você já deve ter reparado que os interessados na continuidade do processo da corrupção e na continuidade dos benefícios financeiros, políticos e sociais advindos desse processo intuem a importância primordial de proteger, a qualquer custo, o agente da corrupção: ele é a galinha dos ovos de ouro (e dos relógios, canetas e barras de ouro, das notas verdinhas etc.).
Que fiquem em paz os maiores financiadores da mídia, da política e da advocacia.
Essa atividade de proteção, quando assumida por quem fiscaliza as ações dos homens públicos (os legisladores e a mídia), gera a situação de impunidade. Ou seja, paradoxalmente, a atividade de proteção se manifesta pela inatividade ante a ação criminosa. Basta isso.
Nossa posição quanto ao movimento
Agora você entende por que a nossa Equipe jamais apoirá uma passeata que tenha como alvo a causa da corrupção. Porque, se ela for bem-sucedida em seus desdobramentos, esse sucesso representará um ataque a alguns dos principais anunciantes da mídia, além de colocá-la na constrangedora obrigação de fazer matérias policiais contra eles, e de impor um silêncio suspeito ou uma defesa insustentável dos corruptores aos nossos colunistas.
Essa situação significará também o fim da irrigação dos bolsos dos nossos aliados políticos.
Apoiamos, assim como os principais órgãos da mídia nacional, marchas, passeatas e campanhas que associem a corrupção ao “outro lado”, visando desgastar os atuais ocupantes do Governo Federal. E só.

Apoiamos também a posição de nossos aliados do PSDB em São Paulo: “CPI contra a corrupção em nosso quintal, jamais!” Um partido que dá 16 anos de garantia de impunidade a seus financiadores cria um ambiente ideal para o fluxo de recursos, das mãos de quem os tem para as de quem precisa tê-los.

Outro ponto importante: este movimento possui duas vias, uma negativa e outra positiva. Na via negativa, a do “combate” à corrupção, procuramos desgastar nossos inimigos políticos: é a via ladeira abaixo. Na via positiva, a do voto distrital, procuramos criar um caminho para a volta dos nossos aliados ao poder: é a via ladeira acima.
Você já deve ter reparado na identidade entre os atores políticos: aqueles que estão à frente do “combate” à corrupção são os mesmos que defendem o voto distrital.
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Acima, imagem do blogue de Reinaldo Azevedo. Abaixo, imagem do site oficial da campanha (Eu Voto Distrital, antes pertencente à Associação Comercial de São Paulo, e, depois de denúncia de desocupados na Web, transferido para Luiz Felipe Charles d’Ávila):

Todos do “nosso lado”.
Abram alas para nosso principal think-tank (e chega daquela gracinha: “mais tank do que think”…).

Nome onipresente no Colóquio: o dono do site “Eu Voto Distrital”.

http://www.imil.org.br/divulgacao/sp-7-coloquio-instituto-millenium-voto-distrital-ou-voto-proporcional/
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“Corrupção” e “voto distrital” são as novas palavras de ordem, a serem usadas liberalmente em colunas, artigos, manchetes. O tema corrupção irá desgastando o “outro lado”, enquanto o tema voto distrital irá promovendo o “nosso lado”. Eles descendo, nós subindo.
Apoie o voto distrital, mesmo sem saber como funcionaria essa novidade. Venda-o como vendemos ao povo o Plano Collor, o programa de privatizações, o presidente Fernando Henrique Cardoso e a necessidade de sua reeleição: como a única salvação para o País.
E lembre-se: a manipulação dos movimentos cívicos “espontâneos” (isto é, incentivados, quando não criados, pela mídia) sempre foi uma das formas inteligentes de luta pelo poder: sob a fachada de um valor edificante, as velhas e sórdidas manobras políticas. A juventude ingênua e bem-intencionada ainda não aprendeu essa verdade – melhor para nós, porque assim podemos comandá-la com a ajuda de seus ídolos.

* * * * *
Agora, de posse dessas informações esclarecedoras, você tem todos os elementos necessários para praticar com eficiência o bom e velho jogo da manipulação jornalística, trazendo mais apoiadores para o “nosso lado”.
Às ruas, portanto, porque 2012 já está chegando, e 2014 (nosso foco mais importante) poderá nos reservar boas surpresas, depois de 12 anos sem elas.

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Isso eu apoio: Atos contra corrupção da Mídia, em São Paulo e no Rio

BlogdaCidadania

Haverá ato contra a corrupção da mídia também no Rio, na Cinelândia, na próxima sexta-feira, dia 16 de setembro, às 17 horas. Está sendo organizado pelo companheiro Sergio Telles.

Em São Paulo, a página do ato do Movimento dos Sem Mídia no Facebook já conta com 1000 confirmações de presença e mais de 300 adesões na página da Marcia e do Adolfo, que criaram o ato antes do MSM mas depois se uniram a ele. Aqui no blog, contabilizei umas 200 pessoas que não têm Facebook e que prometem comparecer.

No Rio de Janeiro, de ontem para hoje o ato pulou de 36 adesões para mais de 70 durante a madrugada. Possivelmente não haverá tempo para fazerem um ato mais denso, mas, pelo menos, farão alguma coisa.

Para o ato paulista – no Masp, no próximo sábado, 17 de setembro, às 14 horas – já conseguimos um carro de som e o MSM fará algumas faixas. Não temos recursos para fazer muitas, então peço que quem puder faça a sua e leve.

A mídia não deu nem uma notinha, claro. Mas quem viu os atos recentes do novo Cansei “contra a corrupção” na avenida Paulista, verá agora um ato contra a corrupção da mídia e quem tiver cérebro perceberá que a mesma mídia escondeu.

Os discursos e faixas pedirão o marco regulatório da comunicação e denunciarão que a mídia só noticia corrupção dos políticos do PT e aliados e ignora a dos governos tucanos como o de São Paulo. E que, acima de tudo, ignora os corruptores, ou seja, os que corrompem os políticos.

Estou preparando o manifesto do Movimento dos Sem Mídia que, como em todos os atos da ONG, será lido na abertura do evento, para que depois quem quiser faça uso da aparelhagem de som (potente) que levaremos.

São Paulo e Rio, portanto, começam reação contra um movimento engendrado, financiado e amplamente divulgado pela mídia, e que, lendo os leões-de-chácara dessa mídia em suas colunas e blogs, percebe-se que pretende atingir o governo Dilma e o legado de Lula.

É preciso reagir. No Rio, uma empresária “cansada” está convocando um ato genérico “contra a corrupção” para o próximo dia 20; em São Paulo, os “cansados” locais querem voltar à avenida Paulista em 12 de outubro; em Florianópolis e em Recife, outros “cansados” irão à rua no mesmo dia.

Os atos contra a corrupção da mídia não têm outra fonte de divulgação além deste blog, do facebook e do Twitter do blogueiro e no boca a boca dos leitores na internet, além de outros blogs que estão veiculando, enquanto que os atos da mídia saem em todos os grandes jornais, revistas, tevês, rádios e portais de internet.

É uma luta desigual? Sim, mas aí é que está o valor da iniciativa.

Para confirmar presença no Facebook no ato contra a corrupção da mídia em São Paulo, clique aqui, e para confirmar presença no ato do Rio, clique aqui

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Esse é o Jô. E ele ainda quer ser membro da ABL.

Que tal o Nobre jornalista Paulo Henrique Amorim fazer uma enquete?

Jô vai pedir desculpas a Angola por essa infeliz entrevista? Sim ou Não?

Blog do Rovai

A eleição da miss Angola me fez lembrar de uma entrevista no Jô Soares

Em 24 de outubro de 2007 fiz uma nota que teve grande repercussão. Ela foi baseada na entrevista de um certo Ruy Morais e Castro. O tal sujeito foi ao Programa do Jô para explicar a relação do penteado das mulheres negras de Angola com as suas vaginas.

Entre outras coisas Ruy Morais e Castro, animado pelo apresentador da Globo, fala que os cabelos das angolanas eram armados com bosta de boi e faz analogias dos penteados delas com a vagina das mulheres. Se “mais apertadas” ou “mais largas”.

Mas por que me lembrei disso? Porque ao abrir a internet hoje vi várias matérias nos sites sobre a eleição da miss de Angola, Leila Lopes, como miss universo. E entre outras coisas, leio que o que mais chamou a atenção era que o seu cabelo estava preso. E que alguns esperaram que ela tratasse disso quando os jurados perguntaram se não gostava de alguma parte do seu corpo. Mas na reposta, entre outras coisas, Leila Lopes teria dito algo como não ter nada do que reclamar porque seu corpo é um legado de sua família.

Sensacional. Viva a missa Angola.

E se você tiver estômago para assistir ao vídeo em Jô Soares se diverte com os cabelos das angolas, o link segue abaixo.

domingo, 11 de setembro de 2011

Memórias de 11 de setembro

Blog de um sem-mídia



Por Fernando Fileno

Do Laboratório de Ensino e Material Didático História USP

Ficha Técnica
Gênero: Documentário
Ano de lançamento (Reino Unido): 2002
Duração: 11 min Direção: Ken Loach


"11 de Setembro" (de origem franco-britânica), dirigido por Ken Loach, faz parte de uma mostra de 11 curta-metragens com duração total de 11 minutos. É interessante que cada curta foi encomendado para um diretor consagrado diferente, assim a cada diretor foi dada a liberdade de mostrar sua visão da tragédia ocorrida em 11 de setembro de 2001, nos EUA.

Dentro do curta, o diretor britânico Ken Loach optou por mostrar em seu próprio curta-metragem, uma outra tragédia ocorrida em um 11 de setembro: o violento golpe de Estado dado por Augusto Pinochet que, apoiado pelos EUA , destituiu o governo de Salvador Allende que foi assassinado pelos bombardeios estadunidenses ao palácio presidencial. O que torna ainda mais interessante 11 de setembro são as mesclas de eventos que aconteceram nesse dia e as colagens feitas a partir dos outros curtas que o diretor solicitou aos amigos de profissão.

Ken Loach ao mostrar-nos o 11 de setembro chileno, relembra a atitude nada “democrática” do governo dos Estados Unidos ao derrubar um governo eleito legitimamente. É importante observarmos que após o ataque a Nova Iorque esse mesmo governo falava da ameaça à democracia representada por países considerados “terroristas”. Na sala de aula, esse material pode trabalhar junto aos alunos questões que envolvam um “ponto de vista” sobre determinado assunto.

De maneira inteligente, ao mesmo tempo que temos 11 curta-metragens para formar apenas 1, temos dentro da sala de aula, muitos alunos, mas que estariam aí envolvidos em algo único também: a análise daquilo que consideremos sagrado e legitimo, até mesmo único – a memória de algo que aconteceu e que não pode ser perder.

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Doladodelá

Eis o 11/09 que deveria nos interessar

sábado, 10 de setembro de 2011

CanseiII isto te pertence: A fábrica de dossiês do PSDB

Rede Brasil Atual

O governo do estado de São Paulo mantém, há três anos, um contrato com uma empresa que, segundo seu proprietário, trabalha com "contrainformação" e faz "varreduras" em escutas telefônicas. Atualmente, Geraldo Alckmin (PSDB) ocupa o Palácio dos Bandeirantes, mas o contrato com a Fence Consultoria Empresarial Ltda. foi firmado durante a gestão de José Serra (PSDB) e foi mantido no período em que Alberto Goldman (PSDB) esteve no posto.

A consultoria Fence Consultoria Empresarial Ltda. pertence a um coronel da reserva, Ênio Gomes Fonteneli , e foi contratada em julho de 2008. No dia 19 de agosto, o Diário Oficial do Estado publicou a segunda prorrogação do contrato. As varreduras são feitas na Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), empresa de economia mista que gerencia toda a rede de dados do Executivo estadual.

As informações foram divulgadas pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A Fence protagonizou polêmicas em duas ocasiões. eleições presidenciais. Na primeira, em 2002, integrantes do então Partido da Frente Liberal (PFL) – atual DEM – atribuíram a uma escuta clandestina feita pela empresa a origem da operação da Polícia Federal que descobriu R$ 1,4 milhão no cofre da empresa Lunus, de propriedade de Jorge Murad, marido da governadora do Maranhão, Roseana Sarney, então pré-candidata ao Palácio do Planalto. A Fence havia sido contratada pelo Ministério da Saúde na gestão de José Serra, candidato do PSDB naquela eleição.

Naquele período, o tucano José Serra era o candidato do governo à Presidência da República quando despontou, com força no eleitorado (e em parte da mídia), outro nome da própria base governista de Fernando Henrique Cardoso, a pefelista Roseana Sarney. Mas a revelação de que a Polícia Federal teria decoberto R$ 1,28 milhão em dinheiro no escritório da Lunus colocou por terra sua candidatura.

A Fence mantém relações com José Serra. O Ministério da Saúde pagou R$ 1,8 milhões à empresa, contratada na gestão de José Serra.

Em 2009, a Polícia Federal indiciou o Coronel Fonteneli, dono da Fence, por "falsidade ideológica e falsa comunicação de crime" por ter afirmado a representantes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a existência de escutas telefônicas em linhas de magistrados. Os grampos, segundo dizia ele, teriam sido aplicados no TSE e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Investigações foram realizadas, com toda a atenção da velha mídia, até que a Polícia Federal concluir que jamais houve qualquer grampo nas linhas telefônicas.

* Helena Sthephanowitz™ é jornalista e autora do blog Os Amigos do Presidente Lulae do Os Amigos do Brasil. Ela escreve no Na Rede, da Rede Brasil Atual.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Estadão dá um tiro no coração do CanseiII: é o fim. Que venha o CanseiIII.

Se a turma do CanseiII quer trabalho, São Paulo é uma ótima oficina. O Estadão de hoje acaba de "cooperar" veementemente com o "árduo trabalho" que será feito pelo CanseiII. Na manchete de hoje ele divulga que o vencedor da licitação para serviços técnicos de manutenção, ampliação e remodelação do serviço de iluminação pública de São Paulo antes da abertura da concorrência era carta marcada. Este "maravilhoso, honesto, ético e apartidário" movimento liderado pela Associação Comercial de São Paulo, que contava que isto não fosse atingir São Paulo de Alckimim e Kassab, agora vão ter que engolir essa tremenda contradição. Será que haverá manifestações na Prefeitura de SP para pedir a CPI da Corrupção?. Como eu sou da turma do TÔ FORA PORQUE ISTO É GOLPE, abaixo publico alguns posts e seus respectivos links na torcida de que alguém da turma do CanseiII possa ler a arregaçar as mangas sem precisar ir até Brasília, pois em São Paulo mesmo está se revelando um verdadeiro antro de corrupção. E também, para os indecisos, quero mostrar quem são e o que querem os líderes deste movimento. Portanto, o CanseiII corre o risco de acabar. Se servir de consolo, em 2012 aí vem o CanseiIII.


Conversa Afiada

Marcha da Corrupção: Estadão antecipa vencedor em SP.

Manchete do Estadão
EXCLUSIVO: ‘Estado’ tem acesso antecipado a vencedor de licitação para iluminação em SP
Vídeo publicado no ‘estadão.com.br’ na 2ª já informava quem venceria contrato de R$ 433,8 mi

SÃO PAULO – O Estado teve acesso ao nome dos ganhadores da licitação para serviços técnicos de manutenção, ampliação e remodelação do serviço de iluminação pública na cidade de São Paulo antes da abertura da concorrência, que ocorreu hoje. O vencedor, como foi publicado em um vídeo na segunda-feira no estadão.com.br, é o consórcio formado pelas empresas Alusa Engenharia e FM Rodrigues. O presidente da Comissão de Licitação da Secretaria de Serviços, Paulo Milton Sassi Junior, anunciou nesta tarde a proposta vencedora. “Em primeiro lugar, Consórcio Alusa FM Rodrigues, no valor de R$ 433.794.099,16. Em segundo, Consladel, R$ 441.561.991,31. Em terceiro, Citéluz, R$ 443.097.054,02.” Neste momento, a comissão de licitação está conferindo os papéis do consórcio para habilitar a proposta.
O valor da licitação é de R$ 433.794.099,16 e o contrato tem duração de dois anos. A concorrência estava suspensa desde fevereiro a pedido do Tribunal de Contas do Município (TCM). Foi liberada depois da administração atender a recomendações técnicas do tribunal. O esquema para favorecer as empresas vencedoras e o nome dos ganhadores já haviam sido revelados ao Estado desde o começo deste ano.

O serviço de manutenção da rede vem sendo prestado por meio de contratos de emergência, renovado a cada seis meses, desde 2005. A Alusa Engenharia e a FM Rodrigues já integram o Consórcio SPLuz, responsável pelo serviço emergencial, formado por mais duas empresas (Start e Socrel).
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Conversa Afiada
Os marchadeiros querem o voto distrital. A mesma turma de sempre.

O Conversa Afiada recebeu o seguinte e-mail do sempre vigilante João(que não quer dar o IP ao Dantas):

Olá PHA.

Fiquei “cabreiro” com as manifestações contra a corrupção ocorridas ontem. Ninguém aqui é a favor da corrupção, mas por que este discurso voltou a tona agora??

Estava eu navegando pelas águas turvas e perigosas dos organismos do PIG, quando entrei no blog do Reinaldo Azevedo (é sempre necessário conhecer o adversário) e li uma matéria na qual aquele blogueiro clama aos seus leitores para assinarem a petição a favor do voto distrital – transcrevo abaixo parte da mesma

“O “Eu Voto Distrital” também pertence ao MSP — só que, nesse caso, deve-se ler “Movimento dos Sem-Partido”. Trata-se de uma parcela da sociedade civil que considera que uma das raízes estruturais do males do país é o sistema proporcional para a eleição de parlamentares. O Legislativo brasileiro, com as exceções de sempre, transformou-se num aglomerado de corporações, boa parte delas interessada em assaltar os cofres públicos”.

- Vamos por partes: no site do Brizola Neto há uma matéria na qual este deputado prova que o domínio “euvotodistrital.org.br” pertence à Associação Comercial de São Paulo


- Agora, diz o blogueiro de Dois Córregos, que há um “Movimento dos Sem-Partido”, mas que o movimento “euvotodistrital” também pertence ao MSP. Por sua vez, o domínio do “euvotodistrital” está em nome da Associação Comercial de Sao Paulo, que já foi presidida pelo Guilherme Afif Domingues.

Mais uma vez estão querendo, com o discurso lacerdista, desacreditar o Governo Federal. Sim, porque do governo de São Paulo e Minas o PIG nada fala, nada ouve, nada vê.

Abraços

João
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Amigos do Lula
Como os tucanos quebram sigilo: A Fence dos grampos do TSE e Roseana Sarney, trabalha para o PSDB em SP

A fabrica de dossiê do PSDB contra os adversários políticos começam assim; A Fence que quebrou o sigilo de Roseana Sarney, a pedido de José Serra, sempre trabalhou e tem contrato milionario com o PSDB de São Paulo, conforme mostra uma matéria de hoje no Estadão.

Coincidentemente, o contrato feito entre o Ministro da Saúde José Serra e a Fense , também previa "a verificação de intrusões eletrônicas". Igualzinho ao da PRODESP. O serviço para José Serra, por R$1.872.576,00, foi rompido no começo de 2003 pelo Ministro Humberto Costa, já no governo Lula. Só que antes disso, em 2002, estraçalhou com Roseana Sarney e Serra saiu candidato. Leia aqui nosso blog

No blog da Ana Maria há fartas documentação da ligação dos tucanos. Veja aqui E ela diz, a mesma Fence Consultoria Empresarial, do coronel e ex-SNI Enio Gomes Fontenelle, que atuou no Ministério da Saúde, nos grampos do TSE, entre outros recantos paradisíacos do poder, está trabalhando em SP, precisamente contratada pela PRODESP. Como está lá, há dois contratos assinados em poucos dias, com início em 2008. Leia mais.
Hoje no jornal O Estado de São Paulo: Alckmin mantém contrato com empresa de varreduras de ligações telefônicas


O governo paulista mantém há três anos contrato com uma empresa que, segundo seu proprietário, trabalha com "contrainformação" e faz "varreduras" em escutas telefônicas na Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp), empresa de economia mista – e sociedade anônima fechada – que gerencia toda a rede de dados do Executivo estadual.A Fence Consultoria Empresarial Ltda. foi contratada em julho de 2008, durante a gestão do ex-governador José Serra (PSDB), e continua trabalhando para a administração do também tucano Geraldo Alckmin.

A Prodesp diz que a Fence presta "serviços técnicos especializados em segurança de comunicações em sistemas de telefonia fixa" nos "ambientes internos e externos" da estatal. Ainda conforme a Prodesp, somente as suas linhas são monitoradas, pois ela não tem acesso a linhas ou troncos telefônicos de outros órgãos.

A contratação se deu sem licitação porque a Prodesp avaliou tratar-se da única empresa no mercado que atendia a todas as suas necessidades. No dia 19 de agosto, o Diário Oficial do Estado publicou a segunda prorrogação do contrato. O valor a ser pago nos próximos 12 meses, de acordo com o documento, é exatamente igual ao do primeiro contrato – que teve duração de dois anos – e da outra prorrogação: R$ 858,6 mil por ano. Significa que ele nunca foi corrigido, nem pela inflação. E que, com esse preço como referência, o governo já pagou um total de R$ 2,6 milhões à Fence.

O contrato prevê a realização de "serviços emergenciais", pelos quais o governo pagaria R$ 2 mil por visita. Questionada pela reportagem, a Prodesp afirmou que nunca foi necessário nenhum serviço de emergência nem fora da sede da Prodesp. Sobre valores, a Prodesp informou que, desde julho de 2008, paga mensalmente à Fence R$ 69.120, o que totaliza R$ 829.440. A Prodesp não explicou a diferença desse valor para os R$ 858,6 mil.

A Secretaria da Fazenda informou que os pagamentos feitos à empresa não aparecem no Prestando Contas, site do governo que mostra a execução orçamentária estadual, porque a Prodesp é uma empresa não dependente – e, como tal, não está incluída no sistema de informações orçamentárias.Matéria do Estadão

O relevantes erviços prestados pela referida empresa devem ser fiscalizados pelo MP. Cheira espionagem e escutas ilegais.Semelhante a sistema de Arapongas.

O blog da NaMaria divulgou

O NaMaria News foi o primeiro que mostrou os contratos do candidato José Serra, ainda governador de São Paulo, entre a PRODESP e a empresa Fence Consultoria Empresarial LTDA, de propriedade do ex-dirigente do SNI, o coronel reformado do Exército Sr. Ênio Gomes Fontenelle, em dois textos (Coincidências do Dossiê 2002 nos Negócios de SP, e Os contratos da Fence com o Governo de SP). A assinatura do maior contrato, sem licitação, foi em 27 de maio de 2008 (o tal 014/2008), por R$ 858.640,00, fora os extras. Nele está previsto que se buscará por "intrusões eletrônicas" dentro das áreas da PRODESP, em 113 ramais de PABX e 7 linhas diretas, além de 60 salas. Mas também prevê que pode-se procurar em áreas fora de sua sede – ou em outras localizações de seu interesse. A PRODESP cuida de toda, eu disse toda a rede de dados do Estado de São Paulo, com o tal INTRAGOV (a internet governamental).

quarta-feira, 7 de setembro de 2011