PERU VAI ÀS URNAS ACERTAR CONTAS COM O NEOLIBERALISMO
Pesquisas de intenção de voto para as eleições deste domingo no Peru, indicam que o presidenciável de centro-esquerda, Hollanta Humala, mantem-se na dianteira e em ascensão, tendo passado de 28% para 31,9% nas preferencias dos peruanos nos últimos dias. Ainda assim, não deve atingir maioria para evitar um segundo escrutínio quando enfrentará uma coalizão de direita cujo candidato permanece indefinido com um quase empate entre Alejandro Toledo, Pablo Kuczynski e Keiko Fujimori. 24 horas antes do pleito, o partido do presidente Alan García, outrora combativo APRA, fundado por Haya de la Torre, dobrou a aposta à direita, declarando apoio ao candidato e ex-banqueiro de Wall Street, Pedro Pablo Kuczynski. Os peruanos, ao contrário, parecem dispostos a retificar o rumo geopolítico do país. Nos últimos anos, quando toda a América Latina transitou à esquerda, o Peru aliou-se à Colômbia de Álvaro Uribe, assinou tratados de livre comércio com os EUA, fez um mergulho anacrônico no missal do neoliberalismo e declarou guerra à Venezuela de Chávez. A genuflexão ao 'livre mercadismo' consolidou o país como grande exportador de farinha de peixe, prata e cobre. Uma parcela da sociedade ascendeu com as cotações das commodities, mas isso não se traduziu em saldo equivalente de desenvolvimento, empregos e redução significativa da pobreza que penaliza sobretudo os indigenas. O governo do Presidente Alan García já foi julgado antes do veredito das urnas: García, outro caso de conversão direitista, termina o mandato com uma taxa de rejeição superior a
Pesquisas de intenção de voto para as eleições deste domingo no Peru, indicam que o presidenciável de centro-esquerda, Hollanta Humala, mantem-se na dianteira e em ascensão, tendo passado de 28% para 31,9% nas preferencias dos peruanos nos últimos dias. Ainda assim, não deve atingir maioria para evitar um segundo escrutínio quando enfrentará uma coalizão de direita cujo candidato permanece indefinido com um quase empate entre Alejandro Toledo, Pablo Kuczynski e Keiko Fujimori. 24 horas antes do pleito, o partido do presidente Alan García, outrora combativo APRA, fundado por Haya de la Torre, dobrou a aposta à direita, declarando apoio ao candidato e ex-banqueiro de Wall Street, Pedro Pablo Kuczynski. Os peruanos, ao contrário, parecem dispostos a retificar o rumo geopolítico do país. Nos últimos anos, quando toda a América Latina transitou à esquerda, o Peru aliou-se à Colômbia de Álvaro Uribe, assinou tratados de livre comércio com os EUA, fez um mergulho anacrônico no missal do neoliberalismo e declarou guerra à Venezuela de Chávez. A genuflexão ao 'livre mercadismo' consolidou o país como grande exportador de farinha de peixe, prata e cobre. Uma parcela da sociedade ascendeu com as cotações das commodities, mas isso não se traduziu em saldo equivalente de desenvolvimento, empregos e redução significativa da pobreza que penaliza sobretudo os indigenas. O governo do Presidente Alan García já foi julgado antes do veredito das urnas: García, outro caso de conversão direitista, termina o mandato com uma taxa de rejeição superior a
(Carta Maior; Domingo, 10/04/2011)
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