domingo, 31 de março de 2013

Globo consegue o que a ditadura não conseguiu: calar imprensa alternativa

por Luiz Carlos Azenha
Meu advogado, Cesar Kloury, me proíbe de discutir especificidades sobre a sentença da Justiça carioca que me condenou a pagar 30 mil reais ao diretor de Central Globo de Jornalismo, Ali Kamel, supostamente por mover contra ele uma “campanha difamatória” em 28 posts do Viomundo, todos ligados a críticas políticas que fiz a Kamel em circunstâncias diretamente relacionadas à campanha presidencial de 2006, quando eu era repórter da Globo.
Lembro: eu não era um qualquer, na Globo, então. Era recém-chegado de ser correspondente da emissora em Nova York. Fui o repórter destacado para cobrir o candidato tucano Geraldo Alckmin durante a campanha de 2006. Ouvi, na redação de São Paulo, diretamente do então editor de economia do Jornal Nacional, Marco Aurélio Mello, que tinha sido determinado desde o Rio que as reportagens de economia deveriam ser “esquecidas”– tirar o pé, foi a frase — porque supostamente poderiam beneficiar a reeleição de Lula.
Vi colegas, como Mariana Kotscho e Cecília Negrão, reclamando que a cobertura da emissora nas eleições presidenciais não era imparcial.
Um importante repórter da emissora ligava para o então ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, dizendo que a Globo pretendia entregar a eleição para o tucano Geraldo Alckmin. Ouvi o telefonema. Mais tarde, instado pelo próprio ministro, confirmei o que era também minha impressão.
Pessoalmente, tive uma reportagem potencialmente danosa para o então candidato a governador de São Paulo, José Serra, censurada. A reportagem dava conta de que Serra, enquanto ministro, tinha autorizado a maior parte das doações irregulares de ambulâncias a prefeituras.
Quando uma produtora localizou no interior de Minas Gerais o ex-assessor do ministro da Saúde Serra, Platão Fischer-Puller, que poderia esclarecer aspectos obscuros sobre a gestão do ministro no governo FHC, ela foi desencorajada a perseguí-lo, enquanto todos os recursos da emissora foram destinados a denunciar o contador do PT Delúbio Soares e o ex-ministro da Saúde Humberto Costa, este posteriormente absolvido de todas as acusações.
Tive reportagem sobre Carlinhos Cachoeira — muito mais tarde revelado como fonte da revista Veja para escândalos do governo Lula — ‘deslocada’ de telejornal mais nobre da emissora para o Bom Dia Brasil, como pode atestar o então editor Marco Aurélio Mello.
Num episódio específico, fui perseguido na redação por um feitor munido de um rádio de comunicação com o qual falava diretamente com o Rio de Janeiro: tratava-se de obter minha assinatura para um abaixo-assinado em apoio a Ali Kamel sobre a cobertura das eleições de 2006.
Considero que isso caracteriza assédio moral, já que o beneficiado pelo abaixo-assinado era chefe e poderia promover ou prejudicar subordinados de acordo com a adesão.
Argumentei, então, que o comentarista de política da Globo, Arnaldo Jabor, havia dito em plena campanha eleitoral que Lula era comparável ao ditador da Coréia do Norte, Kim Il-Sung, e que não acreditava ser essa postura compatível com a suposta imparcialidade da emissora. Resposta do editor, que hoje ocupa importante cargo na hierarquia da Globo: Jabor era o “palhaço” da casa, não deveria ser levado a sério.
No dia do primeiro turno das eleições, alertado por colega, ouvi uma gravação entre o delegado da Polícia Federal Edmilson Bruno e um grupo de jornalistas, na qual eles combinavam como deveria ser feito o vazamento das fotos do dinheiro que teria sido usado pelo PT para comprar um dossiê contra o candidato Serra.
Achei o assunto relevante e reproduzi uma transcrição — confesso, defeituosa pela pressa – no Viomundo.
Fui advertido por telefone pelo atual chefão da Globo, Carlos Henrique Schroeder, de que não deveria ter revelado em meu blog pessoal, hospedado na Globo.com, informações levantadas durante meu trabalho como repórter da emissora.
Contestei: a gravação, em minha opinião, era jornalisticamente relevante para o entendimento de todo o contexto do vazamento, que se deu exatamente na véspera do primeiro turno.
Enojado com o que havia testemunhado ao longo de 2006, inclusive com a represália exercida contra colegas — dentre os quais Rodrigo Vianna, Marco Aurélio Mello e Carlos Dornelles — e interessado especialmente em conhecer o mundo da blogosfera — pedi antecipadamente a rescisão de meu contrato com a emissora, na qual ganhava salário de alto executivo, com mais de um ano de antecedência, assumindo o compromisso de não trabalhar para outra emissora antes do vencimento do contrato pelo qual já não recebia salário.
Ou seja, fiz isso apesar dos grandes danos para minha carreira profissional e meu sustento pessoal.
Apesar das mentiras, ilações e tentativas de assassinato de caráter, perpretradas pelo jornal O Globo* e colunistas associados de Veja, friso: sempre vivi de meu salário. Este site sempre foi mantido graças a meu próprio salário de jornalista-trabalhador.
O objetivo do Viomundo sempre foi o de defender o interesse público e os movimentos sociais, sub-representados na mídia corporativa. Declaramos oficialmente: não recebemos patrocínio de governos ou empresas públicas ou estatais, ao contrário da Folha, de O Globo ou do Estadão. Nem do governo federal, nem de governos estaduais ou municipais.
Porém, para tudo existe um limite. A ação que me foi movida pela TV Globo (nominalmente por Ali Kamel) me custou R$ 30 mil reais em honorários advocatícios.
Fora o que eventualmente terei de gastar para derrotá-la. Agora, pensem comigo: qual é o limite das Organizações Globo para gastar com advogados?
O objetivo da emissora, ainda que por vias tortas, é claro: intimidar e calar aqueles que são capazes de desvendar o que se passa nos bastidores dela, justamente por terem fontes e conhecimento das engrenagens globais.
Sou arrimo de família: sustento mãe, irmão, ajudo irmã, filhas e mantenho este site graças a dinheiro de meu próprio bolso e da valiosa colaboração gratuita de milhares de leitores.
Cheguei ao extremo de meu limite financeiro, o que obviamente não é o caso das Organizações Globo, que concentram pelo menos 50% de todas as verbas publicitárias do Brasil, com o equivalente poder político, midiático e lobístico.
Durante a ditadura militar, implantada com o apoio das Organizações Globo, da Folha e do Estadão — entre outros que teriam se beneficiado do regime de força — houve uma forte tentativa de sufocar os meios alternativos de informação, dentre os quais destaco os jornais Movimento e Pasquim.
Hoje, através da judicialização de debate político, de um confronto que leva para a Justiça uma disputa entre desiguais, estamos fadados ao sufoco lento e gradual.
E, por mais que isso me doa profundamente no coração e na alma, devo admitir que perdemos. Não no campo político, mas no financeiro. Perdi. Ali Kamel e a Globo venceram. Calaram, pelo bolso, o Viomundo.
Estou certo de que meus queridíssimos leitores e apoiadores encontrarão alternativas à altura. O certo é que as Organizações Globo, uma das maiores empresas de jornalismo do mundo, nominalmente representadas aqui por Ali Kamel, mais uma vez impuseram seu monopólio informativo ao Brasil.
Eu os vejo por aí.
PS do Viomundo: Vem aí um livro escrito por mim com Rodrigo Vianna, Marco Aurelio Mello e outras testemunhas — identificadas ou não — narrando os bastidores da cobertura da eleição presidencial de 2006 na Globo, além de retratar tudo o que vocês testemunharam pessoalmente em 2010 e 2012.
PS do Viomundo 2: *Descreverei detalhadamente, em breve, como O Globo e associados tentaram praticar comigo o tradicional assassinato de caráter da mídia corporativa brasileira.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Governo FHC e o Consenso de Washington: voando juntos

Blog do Mello

Documento oficial do governo FHC informa ao FMI que vão privatizar tudo: água, esgoto, minérios, energia, estradas, imóveis, até a Petrobras

Página oficial do Ministério da Fazenda do governo FHC de 8 de março de 1999 publica o Memorando de Política Econômica, com alguns ajustes que se tornaram necessários ao "programa do governo brasileiro apoiado pelo FMI Banco Mundial BID BIS e pela maioria dos países mais industrializados", em 13 de novembro de 1998. O ajuste se fazia necessário porque em janeiro de 1999, primeiro mês do segundo mandato de FHC,houve a desvalorização do Real (que o governo sempre negara que iria fazer), que quase quebrou o país.

Numa parte do documento, que publico a seguir, fica claro que a opção preferencial do governo Fernando Henrique Cardoso era vender tudo para cumprir as metas feterminadas pelo FMI. Para tanto, no parágrafo 27 deixava claro:

27. O Governo pretende acelerar e ampliar o escopo do programa de privatização - que já se configura como um dos mais ambiciosos do mundo. Em 1999 o Governo pretende completar a privatização das companhias federais geradoras de energia e no ano 2000 iniciará o processo de privatização das redes de transmissão de energia. No âmbito dos Estados espera-se que a maioria das companhias estaduais de distribuição de energia seja privatizada ainda em 1999. O Governo também anunciou que planeja vender ainda em 1999 o restante de sua participação em empresas já privatizadas (tais como a Light e a CVRD) bem como o restantes de suas ações não-votantes na PETROBRAS. O arcabouço legal para a privatização ou arrendamento dos sistemas de água e esgoto está sendo preparado. O Governo também pretende acelerar a privatização de estradas com pedágios e a venda de suas propriedades imobiliárias redundantes. Estima-se que a receita total do programa de privatização para o ano de 1999 seja de R$ 27 8 bilhões (quase 2 8 por cento do PIB) (do total cerca R$ 24 2 bilhões serão gerados no nível federal) com mais R$ 22 5 bilhões no período 2000 - 2001.

Confira a íntegra do documento aqui. O título da página, para que não reste dúvida é "Acordo Brasil e FMI".

Está aí a prova inconteste de que o governo do tucano Fernando Henrique Cardoso pretendia queimar a casa para vender carvão.

Dica do Stanley Burburinho (@stanleyburburin)

sábado, 23 de março de 2013

Sobre as ofensas contra Lula e Dilma

Luis Nassif

Por Adir Tavares
Do Com Texto Livre
Contra ofensas que conservadores fazem a Lula e Dilma
Um dos mais importantes especialistas do País na área trabalhista, o advogado Valter Uzzo criou um fato político ao enviar para amigos e-mail remetido para um de seus conterrâneos da cidade de Pompéia, no interior de São Paulo, chamado apenas por Lara, listando uma série de argumentos contrários à proliferação de spams jocosos sobre o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Roussseff.Ex-presidente do Sindicato dos Advogados de São Paulo, Uzzo, no texto, descreve o cenário histórico da presença e influência das forças conservadoras na política brasileira.
O e-mail de Uzzo está sendo velozmente disseminado pela internet, ganhando status de peça política contra a discriminação ideológica às forças de esquerda.
Abaixo, o conteúdo completo:
Caros
Um amigo meu de infância passou a me mandar um volume enorme de e-mails com piadas, comentarios e afirmações  sempre depreciativas em relação ao Lula, Dilma, PT, etc. A situação foi em um crescendo tal, que atingiu as ráias da provocação e do insulto, até que, outro dia, resolvi responder. E mandei este pequeno texto, que é, em verdade, o que penso de pessoas como ele que, a  pretexto de criticar, escondem hipocritamente suas idéias e concepções.
Abcs.
Valter Uzzo
Sent: Tuesday, February 05, 2013 3:42 PM
Caro Lara:
Tenho, quase que diariamente, recebido os seus e-mails, que trazem piadas, “fotos interessantes”, e  propaganda daquilo que, politicamente, você acredita. Quero crer que estou me dirigido à pessoa certa, ou seja, ao Lara que conheci em Pompéia, na infância e adolescência. Se assim é, tenho algumas gratas recordações, de nossa convivência que, ao tempo, pela idade e sem as agruras que viríamos a experimentar durante a vida, era muito boa. Recordo-me mesmo que uma das suas habilidades, invejada por todos nós da mesma classe ginasial, era a incrível capacidade que tinha de “colar”,  já que você se abastecia  de um grande estoque das “sanfoninhas” (era o tipo de “cola” da época), que escondia perfeitamente em sua  mão direita e que lhe permitia  -grande perfeição !- colar sem interromper a escrita e, -perfeição maior !-, até mesmo diante do olhar atento do professor. Ao que me recordo, nunca, nenhum dos professores, na fiscalização que faziam, conseguiu algum êxito  diante de você. Nesse partícular, você era imbatível.
Mas, deixando-se de lado tais reminiscências, eu estou me dirigindo à você para tratar de assunto que, diante de sua volumosa correspondência eletrônica, parece lhe interessar: trata-se de questões que envolvem a visão que temos da forma como vem sendo dirigido este país,  melhor dizendo, a questão política. Para se ter uma conversa franca, devo dizer que temos uma visão de mundo muito diferente. Acho mesmo, oposta. Em minha profissão (sou advogado) acabei aprendendo a conviver na divergência, já que, diariamente, senta do lado de  lá da mesa de audiência, ou dos autos do processo, um colega de mesmo grau de escolaridade que defende justamente o contrário. Adversário. Mas, terminada a audiência, retomamos o relacionamento, ou seja, é um aprendizado constante e permanente, a nos ensinar que devemos respeitar os que pensam de forma diversa. Transposta tal relação para a política, também aprendi a respeitar aqueles que tem uma visão de mundo diferente da minha,  embora com eles não concorde. Entre tais “adversários” de pensamento existem dois tipos: os que assim agem por convicção, e os que agem por interesse. Creio que você se  enquadra entre os primeiros, ou seja, você tem ideias, a meu ver,  que eu classifico como “conservadoras”, mas que são catalogadas no jargão político comum  como  “reacionárias”, ou por alguns “direitistas”, ou, se formos levar ao extremo a sociologia política, “fascistas”. Para  mim, no entanto, você é um  “conservador”, por convicção. E é aí que eu quero conversar com você.
Existe  no Brasil uma forte corrente de pensamento conservador. Sempre existiu, aliás, durante o império e durante a república,  todos os presidentes e Governos , até 2003, sempre tiveram um perfil conservador, uns mais outros menos. Todos. Getúlio Vargas (1º Governo, ditadura) liderou uma “revolução” -que não era revolução no sentido sociológico do termo- contra práticas condenáveis da República Velha, só isso.    Pertencia a elite agrária, era fazendeiro e fez um Governo ambíguo, criando uma  legislação trabalhista (que estava sendo criada, ao tempo, por quase todos os países de mesmo grau de desenvolvimento que o Brasil),  e criou dois partidos políticos  – o PTB, para lhe servir – e o PSD, conservadoríssimo, para ajudá-lo a governar. No mais, encarcerou a oposição e restringiu as liberdades públicas.. Em 45 foi substituído pelo Dutra (outro conservador), que dissipou todas as reservas cambiais  que havíamos acumulado com a substituição das importações, durante a guerra. Getúlio volta em 1950  e aí, após um início de governo meio indefinido, começa a aproximar-se de  ideias progressistas, mas não conseguiu implementá-las, já que, ameaçado de deposição, suicidou-se. Juscelino foi um inovador em realizações, mas seu governo, embora aparentemente liberal nos costumes, sempre  foi um produto das classes dominantes e um fiel seguidor da política americana. Jânio se foi muito rápido , e Jango também nada tinha de progressista: era filho de uma família  de riquíssimos fazendeiros, era despreparado para a função e sua queda  dá bem a medida de seus compromissos de classe: preferiu viver rico no exílio, do que participar ou liderar uma revolução popular com a qual não se identificava. Seguiram-se  os governos militares, Sarney,  Collor, Itamar e  Fernando  Henrique. Se examinarmos todas as medidas tomadas por tais governos (algumas muito boas, até) veremos que  nenhuma delas teve a preocupação ou conseguiu alterar o sistema de distribuição de renda no país, -um dos mais injustos do mundo. A dívida externa sempre em patamares impagáveis, o salário mínimo medeando entre U$ 80  a U$ 120 dólares,  lenta queda da mortalidade infantil, poucos avanços na afalbetização, grande transferência de rendas para o exterior, sistema de saúde pública catastrófico, destruição da escola  pública,  gigantesca falta de moradias e favelização, polícia corrupta, Justiça que não funciona,  previdência privada mais cara do mundo, seguros mais caros do mundo, alta tributação e assim foi. Só discursos, só demagogia,  e muita roubalheira.
Aí vieram a eleição em 2003, reeleição do Lula e eleição da Dilma. Muitos erros, houve e há corrupção, muitas coisas não deram certo, os quadros do PT, em grande parte,  eram despreparados para administração, enfim, as coisas não saíram como o PT pregava.  No entanto, o salário mínimo triplicou (em dólares), a renda familiar cresceu, a dívida externa foi paga, o consumo aumentou muito, o emprego cresceu ( e o desemprego despencou)  e o Brasil conseguiu crescer,   ao meio de uma grande crise internacional .Caro Lara, esses são fatos . Fato é fato, não é discurso, nem proselitismo político, nem palavrório. FATOS. O País está em regime de pleno emprego ( é a 1ª. vez em nossa história que isso acontece), e no ano de 2011, em um universo de 200 países,  fomos o 4º. País do mundo em receber investimentos externos, só atrás dos Estados Unidos, China e Hong Kong (notícia do Times, reproduzida no Estadão e Folha na semana passada, com pouco destaque). A arenga  de que o Governo, em 2003, pegou uma condição internacional favorável é coversa para boi dormir:  muitos outros países não progrediram, muitos  entraram em crise, o sistema financeiro internacional  em 2008 quase ruiu, enfim, o Brasil navegou muito bem por sua conta e seus méritos. Pensar de  modo diverso é revolver a mentalidade colonialista.
Mas, estou eu a pretender que você se torne um apoiador do Lula e da Dilma ? É claro que não, até porque na nossa idade ninguém muda mais. É que eu acho que essa sua “cruzada” contra,  poderia ser muito mais consequente e séria. Já que na clássica definição “partido político é a opinião pública organizada”, porque vocês, conservadores, não fundam um partido que expresse tal  ideologia ? A grande farsa que existe é que os conservadores, ou os direitistas, ou os neoliberais, não assumem o próprio rosto. O PSDB (neoliberal) não se diz neoliberal, diz que vai mudar, que é de centro esquerda, que é progressista, e outras baboseiras mais.    Porque não se diz  neoliberal, e faz um programa neoliberal ?. E vocês, conservadores, porque não se assumem, e fazem um programa com o conteúdo daquiIo que vocês acreditam; contra as cotas, contra o aborto, contra o casamento gay, pela redução dos direitos trabalhistas, dos impostos, por uma política externa mais invasiva, etc, etc, , tal qual o Partido Republicano (Conservador) dos Estados Unidos ? Se você fizer as contas, aqui como lá,  o eleitorado se divide, o que, aliás, ocorre em todos países civilizados  (França Inglaterra, Austrália, Itália, Espanha, Alemanha, Austria, etc, etc, etc). Ou seja, no mundo todo, o eleitorado se divide em conservadores e progressistas. Mas, aqui não, em razão da hipocrisia política da direita, a luta não é limpa.  Estimule a criação de um  verdadeiro partido conservador, que defenda  as teses conservadoras e o modo de governar  conservador e aí, sim, teríamos um debate limpo, direto, sem enganações, sem subterfúgios. A meu ver, essa situação da direita esconder suas verdadeiras propostas,    de vestir um manto progressista quando não o é,  é a pior  forma de trapacear uma nação, posto que esconde seus verdadeiros desígnios.  Em suma,já é tempo de  sair do armário e vir corajosamente para o  debate de ideias.
O outro ponto que gostaria de conversar com você  é sobre a forma negativa e pejorativa de sua “crítica” política. As piadas, imagens, dizeres, etc, que se referem aos que não pensam como você, revelam um rancor que tem de tudo: preconceito, desinformação, insultos, etc. Se você acha que este tipo de crítica desperta alguma simpatia para as suas ideias, ou fazem mal a figura dos  criticados, então está na hora de você fazer algumas reflexões sobre o que muda as pessoas. Uma pessoa decente muda de opinião quando você demonstra que ela está errada. Só não mudará se tiver “interesses” em se manter  no erro, ou, então,  se por  alguma razão (preconceito, ignorância, intolerância, irracionalidade, etc) não entender o seu erro e o significado da mudança.  Fora disso, a  “propaganda” pejorativa  contrária é um tiro na culatra. E isso é tanto no aspecto individual como coletivo. O Lula cresceu eleitoramente depois que mudou sua imagem para o “Lula, paz e amor”. Antes, o eleitorado  preferia  o FHC, com sua voz e modos blandiciosos. Serra com sua linguagem belicosa só perdeu votos. Obama derrotou duas vezes os seus adversários com um discurso suave,  sofrendo agressões de todo os  lados. O Berluscomi e Sarkosi, na  Itália e França,  perderam as eleições, em razão de suas práticas autoritárias e arrogantes.     Enfim, na medida que a sociedade evolui, essa linguagem truculenta, ofensiva,  enganosa, que intui uma falsa moralidade e prega medidas radicais  extremadas (para os outros, nunca para si) vai caindo em desuso, não engana mais ninguém. Pode ter servido em outra época, chegou a levar os hitlers  e mussolinis ao poder, mas, hoje em dia, ninguém mais cai neste canto de sereia. As pessoas querem é ser convencidas, sem imposições.
Bem, fico por aqui. Se você quiser prosseguir mandando-me os e-mails, gostaria que não mais me enviasse os relativos à política, a não ser quando nesta terra tiver um partido conservador, ou direitista, ou de natureza fascista ( o Plínio Salgado pelo menos teve coragem e  honestidade criando os “camisas verdes”), para que se possa ter um debate decente e honesto. Daí sim, quem sabe, talvez até eu me convença de que existe alguma verdade nessas ideias trapaceadas e escondidas sob o manto de uma falsa moralidade. Ideias tão escondidas, tal   como você fazia com as colas  e era invejado por toda  classe.
Abraços  e saudades.
Valter Uzzo
PS:   Se você não é a pessoa que eu penso, peço desculpas.

quinta-feira, 21 de março de 2013

A boa avaliação de Dilma estressa os nanicos


As últimas pesquisas do CNI-Ibope publicada na última terça-feira confirmam a crescente avaliação de Dilma e isso causa uma verdadeira histeria na oposição a ponto de a presidente se dar ao luxo de assistir de camarote a peleja, pois a coisa anda feia no ninho tucano.
Primeiro, o FHC começou com uma idéia de cabo eleitoral de Aécio dizendo que Serra está ultrapassado. Depois o Aécio ensaia um discurso sem pé nem cabeça no Senado. O Serra, que está em segundo lugar para presidente na pesquisa encomendada pelo empresários do Rio de Janeiro, reage junto com o Alckmin que desautoriza a idéia do Aécio de pretender ser o presidente do PSDB para daí tentar alavancar sua candidatura. Aí vem o Eduardo Campos, que, picado pelo mosquito do PIG vai a São Paulo se encontrar com o Serra e anima até a Eliane Cantanhede, aquela que anuncia solenemente sem autorização uma possível chapa Campos e Serra.
Vamos ver se dá para entender: FHC apóia Aécio que não apóia Serra que apóia Campos. É, acho que não é facil entender, mas dá para ver que a coisa está dividida e quem ganha com isso é a Dilma, e sem contar que a Marina sumiu.
E o Campos já pode se dizer que foi para a oposição mais cedo do que se pensava. A Dilma agora está com a faca e o queijo na mão em relação ao PSB. Aos poucos ela vai dissecando esse partido e colocando-o no balaio da oposição.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Para o PIG ver

Tudo em Cima

Como destruir um alienado em 1000 pedaços 

Seria bom que o PIG visse esse vídeo para ver o quanto ele ajuda a alienar seus leitores.


sábado, 16 de março de 2013

O dia que durou 21 anos

Através do Conversa Afiada.

Vejam abaixo trailer oficial do filme "O dia que durou 21 anos", que relata o golpe militar com ajuda do governo americano.
Quer dizer então que se o golpe não fosse logrado, Brasília ia ser bombardeada pela frota americana?



E juntando uma ponta a outra, depois que os E.U.A. logram o golpe, aí eles implantaram o consenso de Washington, conforme as 10 regras básicas. E vejam que isso aconteceu não só no Brasil, mas em todos os países onde eles conseguiram lograr o golpe, principalmente da América Latina.

Disciplina fiscal, Redução de gastos públicos, Reforma tributária, Juros de mercado, Câmbio de mercado, Abertura comercial, Investimento estrangeiro direto com eliminação de restrições, Privatização das estatais, Desregulamentação (afrouxamento das leis econômicas e trabalhistas) e Direito à propriedade industrial.

Será que alguém lembra qual partido realizou tudo isso ao pé da letra? Essa é facil.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Lula já tem um pé na Prefeitura/SP e pode ter outro no Governo/SP



Não era difícil de prever que com a vitória do Haddad para a Prefeito em São Paulo, o Lula iria entrar com o outro pé no Governo de São Paulo.

Vejam abaixo o que escrevi sobre o assunto meses atrás.

paulistano podera ter uma triade

inconsciente coletivo e lulofobia podem levar Lula ao Governo de SP.


segunda-feira, 11 de março de 2013

Miro: Serristas abandonam Aécio. Vixi...


"Serra, não me abandone. Venha ser meu vice. Vamos fazer uma chapa puro sangue e autorizar a Eliane Catanhede a divulgar pra ver se pega"

Enquanto a estrela vermelha brilha, os nanicos vão se pegar uns aos outros. Vai ser um festival de dossiês a ser divulgado no PIG. Se os serristas abandonarem o Aécio para entrarem no barco do Eduardo Campos, o Aécio já deve estar pensando em algum jeito de fazer o Campos cair.
O Campos a partir de agora terá paparazzis ou aquelas famosas Vans devidamente equipadas com câmeras e microfones para ver se pega alguma coisa errada dele.

Do blog do Miro

A oposição midiática - e o seu dispositivo partidário formado por PSDB, DEM e PPS – fez de tudo para inflar a candidatura de Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do PSB. A tática era cristalina: rachar a base governista para viabilizar um postulante da direita na eleição de 2014. Até agora, porém, a jogada deu xabu! O fortalecimento de Eduardo Campos está esvaziando a candidatura de Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano. Artigo do jornal Valor desta semana confirma a desgraceira!
Segundo Caio Junqueira e Murillo Camarotto, “a ala do PSDB ligada ao ex-governador de São Paulo José Serra intensificou nos últimos dias conversas com interlocutores do PSB de Eduardo Campos sobre o cenário presidencial de 2014. O movimento foi impulsionado por uma divisão crescente na bancada federal do PSDB paulista. Parte dela está incomodada com o papel secundário dispensado a Serra no debate sobre os rumos do partido e o consequente protagonismo assumido pelo senador Aécio Neves (PSDB-MG)”.
Outra parte, ainda segundo o jornal Valor, sente-se desprestigiada por Geraldo Alckmin. “Acusam-no de contemplar com espaços no governo e no partido apenas os mais próximos a ele. Diante disso, há receio quanto às condições eleitorais que esses parlamentares vão enfrentar em 2014”. Neste cenário de violentas bicadas, a convenção do PSDB marcada para maio pode resultar num novo racha na legenda. “Basta que Serra não concorde com o arranjo que lhe for oferecido. Aí pode ganhar corpo a hipótese Serra-Eduardo”.
Num PSB que também não é homogêneo, a ala ligada ao governador pernambucano já percebeu as fraturas no ninho tucano e se movimenta para atrair os serristas. Conta nesta missão com a ajuda do Roberto Freire, presidente do PPS, que investe na ideia de montar um novo partido para abrigar o seu amigo José Serra e para viabilizar o apoio a Eduardo Campos. “Se pudesse juntar essas duas forças, seria interessante”, antecipa o chefão do PPS. Na semana passada, Campos e Freire se reuniram para tratar do assunto.
Toda esta movimentação deve dar uma baita ressaca no mineiro Aécio Neves. Caso os serristas migrem para a provável candidatura do cacique do PSB, o cambaleante presidenciável tucano ficará pendurado na brocha. Na semana passada, Aécio telefonou para Serra convidando-o a participar de um seminário do PSDB em Goiânia. O paulista não foi. O clima é de desconfiança. Em 2010, Aécio não fez muito esforço na campanha de Serra; agora, a vingança seria maligna. A manobra da oposição midiática e partidária pode dar xabu!