domingo, 29 de agosto de 2010

O PIG se desilude com o Serra, mas ainda vasculha a vida de Dilma

O PIG ainda não tem coragem de abandonar oficialmente o Serra, mas nas entrelinhas e principalmente em suas charges já se vê claramente a desilusão em torno do Serra. Seus jornais e revistas agora já querem saber quem são os ministeriáveis de Dilma e os cargos que o PMDB deverá reinvindicar. Somente em São Paulo é onde ainda veremos o apoio em massa do PIG em torno da candidatura de Alckimin, agora que ele parece cair e o Mercadante começa a subir nas pesquisas. Isso se tornou um problemão para o PSDB paulista, pois ainda faltam mais de um mês para o pleito e eles conhecem muito bem a militância petista que começa a despertar e aparecer nas ruas.
Hoje vejo uma submanchete da FolhaSP  falando que a Dilma já vendeu bugigangas no Rio Grande do Sul. Ora, isso para mim quer dizer que o PIG está vasculhando desesperadamente a vida de Dilma, querendo achar algum podre para daí poder transformar em um escândalo durante as eleições e formarlizar o golpe. Mas o que eles conseguem descobrir é que ela foi além de reacionária durante a ditadura foi também trabalhadora e micro-empresária, para tristeza deles. Presidente ou presidenta o que importa é que será a Dilma e esse fato já chama atenção do mundo inteiro como escrevi em outro post.


sábado, 28 de agosto de 2010

PHA e a Copa

O Lula é a voz povo, mas o Paulo Henrique Amorim resume a bronca do povo que estava presa na garganta e que cada vez se solta mais e mais.

Conversa Afiada 


O Lula não fala inglês.
O Lula é nordestino.
O Lula é metalúrgico.
O Lula não tem um dedo.
E comeu o Serra com farofa.
O Lula esperou o Serra carregar a cruz de a Copa não abrir em São Paulo.
O Serra e os postes do Serra diziam que não tinham dinheiro para reformar o Morumbi, na Zona Sul, o bairro dos ricos, nem construir um novo estádio num bairro de pobres.
O Lula esperou a elite dizer que não queria abrir a Copa.
Abrir a Copa é aspiração de pobre.
Depois que o Serra, seus postes e a elite de São Paulo, foram eliminados da Copa, o Lula comeu eles todos com farofa.
Vai construir um estádio para o Coringão, para a galera, para o povão, numa região que o prefeito e Governador José Serra desprezaram: a Zona Leste.
É lá que ficam o Jardim Romano alagado, e o Jardim Pantanal de onde os nordestinos, de preferência, deveriam ser enxotados.
Se a Dilma ganhar no primeiro turno, o Lula desembarca em São Paulo com a camisa do Corinthians e leva o Mercadante, na garupa, para o Palácio dos Bandeirantes.
Tudo isso porque o Lula não fala inglês.

Paulo Henrique Amorim

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Do you speak english? pra quê? pra dizer "yes Sir" sempre?

Direto da Redação

Lula não fala inglês


Amigos, o artigo está pronto, veio pronto, pautado, escrito e transmitido por Lula, no comício em Campo Grande (MS), na noite da última terça-feira:
“Me lembro como se fosse hoje, quando eu estava almoçando na Folha de São Paulo. O diretor da Folha de São Paulo perguntou pra mim: ‘O senhor fala inglês? Como é que o senhor vai governar o Brasil se o senhor não fala inglês?’… E eu falei pra ele: alguém já perguntou se Bill Clinton fala português? Eles achavam que o Bill Clinton não tinha obrigação de falar português!… Era eu, o subalterno, o colonizado, que tinha que falar inglês, e não Bill Clinton o português!…
Houve uma hora em que eu fiquei chateado e me levantei da mesa e falei: eu não vim aqui pra dar entrevista, eu vim aqui pra almoçar… Levantei, parei o almoço… E fui embora. Quando terminou o meu mandato, terminei sem precisar ter almoçado com nenhum jornal! Nunca faltei com o respeito com a imprensa… E vocês sabem o que já fizeram comigo…” (Vídeo do discurso aqui)
Essa agressão se deu em um almoço, belo e respeitoso, aonde Lula fora na condição de convidado e candidato, em 2002. Apesar de suas deficiências no speak englisk, ou até mesmo por essas fundamentais deficiências, como diria o mais culto e refinado dos Frias, Lula foi eleito. Ô raça. Gentalha sem brios, sem pudor e sem moral, meteu um metalúrgico nordestino no mais alto posto da nação, danação, como Frias e assemelhados gostavam de dizer.
Recordar é uma forma de conhecimento, talvez a mais aprimorada. Pois não é que depois de um mandato em que o mundo não se acabou, Lula achou de voltar à campanha para a presidência em 2006? Folgado, o cara. Não conseguindo lavar a jega no primeiro turno, partiu pro segundo. Pra quê? Na ressaca – todos lembram bem, Lula era alcoólatra, ele era dado a uma cachacinha, que à sua maneira atualizava Marx, da tendência Karl: “o povo se embriaga, os burgueses vão ao club” – pois bem, na ressaca das eleições daquele primeiro de outubro, uma das peças indeléveis, unforgettable, foi o artigo “Yankees e rebeldes” na Folha de São Paulo em 5.10.2006. Real?
Nem tanto pela qualidade, elegância e boa prosa do texto. Nem mesmo pelo inusitado de conceitos. As idéias ali expostas, se por idéias entendemos tudo que sai de uma cabeça, longe estavam de ser novas. Pelo contrário, eram velhas e velhíssimas no nascimento. Mas escritas sob inspiração de um ghost writer, passaram a ser um documento histórico de como a elite de São Paulo via os outros brasileiros. O possível autor, que se assinava como Otavio Frias Filho, dizia:
“YANKEES E REBELDES
Muito se tem escrito sobre a divisão do Brasil em duas metades que emergiu no domingo. Os jornais trazem mapas onde Rio, Minas, o Nordeste e o Norte aparecem em vermelho (Lula), enquanto São Paulo, o Sul e o Centro-oeste estão em azul (Alckmin). Essa divisão entre ‘yankees’ e confederados em nossa ‘Guerra Civil’ eleitoral já foi enfocada sob seus dois prismas mais evidentes, o antagonismo de classe e a desigualdade geográfica. Grosso modo, o primeiro opõe as classes populares às classes médias. O segundo ângulo opõe o ‘Norte’ ao ‘Sul’…
Em grande parte do Nordeste, e mesmo em Minas e no Rio, o cenário é outro. São regiões onde a onipresença do Estado remonta ao período colonial; são lugares onde o poder do Estado para contratar, subsidiar, autorizar verbas segue enorme, até por compensar a relativa debilidade da economia privada…”.
Era uma placa a ser gravada com letras de ouro. Era o óbito de um tempo, de uma classe, que se desejava mostrar ilustrada, educada, culta. O que antes atingia Lula, chamado de apedeuta pelo mesmo Frias em outro artigo, o que antes atingia, de raspão, a sua origem material e de nascimento, um operário, um nordestino, agora se dirigia com mais precisão à gente que lhe era semelhante.
Lembro que ao comentar essa brilhante excreção, escrevi que os Frias e semelhantes podiam esperar uma praga de nordestinos, em revoada de Norte a Sul para São Paulo, quando 29 de outubro chegasse. Que chegou, e veio, gerando mais um mandato, talvez o mais brilhante da república do Brasil.
Hoje, e até a próxima semana, temos Dilma com 46%, e Serra com 28% de intenções de voto. Nos próximos quatro anos, se alguém lhe ensinar o samba, o dono da Folha pode interpretar: “Implorar, só a Dilma, mesmo assim às vezes não sou atendido”. Recordar é prever. Bruxo sem memória não há.

domingo, 22 de agosto de 2010

Abandonando o barco 2: agora é a FolhaSP

Amigos do Lula

Folha abandona Serra com requintes de crueldade, para salvar Alckmin

21 de agosto de 2010

A Folha de José Serra (jornal Folha de São Paulo), quem diria, jogou José Serra (PSDB) ao mar.

O gesto não tem nada de nobre, muito menos a Folha abdicou de seu tucanismo, pelo contrário. Nota-se o cálculo político dos donos do jornal.

Dão como desenganada qualquer chance de vitória de Serra, por isso não tem mais nada a perder jogando Serra ao mar. Mas tem muito a perder se Alckmin também for derrotado para o governo paulista, e os gestos de Serra levarão Alckmin à derrota.

Apreciem o editorial da Folha abandonando Serra com requintes de crueldade:

Avesso do avesso

Tentativa do tucano José Serra de se associar a Lula na propaganda eleitoral é mais um sinal da profunda crise vivida pela oposição

Pode até ser que a candidatura José Serra à Presidência experimente alguma oscilação estatística até o dia 3 de outubro. E fatores imprevisíveis, como se sabe, são capazes de alterar o rumo de toda eleição. Não há como negar, portanto, chances teóricas de sobrevida à postulação tucana.

Do ponto de vista político, todavia, a campanha de Serra parece ter recebido seu atestado de óbito com a divulgação da pesquisa Datafolha que mostra uma diferença acachapante a favor da petista Dilma Rousseff.

A situação já era desesperadora. Sintoma disso foi o programa do horário eleitoral que foi ao ar na quinta-feira no qual o principal candidato de oposição ao governo Lula tenta aparecer atrelado... ao próprio Lula.

Cenas de arquivo, com o atual presidente ao lado de Serra, visaram a inocular, numa candidatura em declínio nas pesquisas, um pouco da popularidade do mandatário. Como se não bastasse Dilma Rousseff como exemplar enlatado e replicante do "pai dos pobres" petista, eis que o tucano também se lança rumo à órbita de Lula, como um novo satélite artificial; mas o que era de lata se faz, agora, em puro papelão.

Num cúmulo de parasitismo político, o jingle veiculado no horário do PSDB apropria-se da missão, de todas a mais improvável, de "defender" o presidente contra a candidata que este mesmo inventou para a sucessão. "Tira a mão do trabalho do Lula/ tá pegando mal/... Tudo que é coisa do Lula/ a Dilma diz/ é meu, é meu."

Serra, portanto, e não Dilma, é quem seria o verdadeiro lulista. A sem-cerimônia dessa apropriação extravasa os limites, reconhecidamente largos, da mistificação marqueteira.

A infeliz jogada se volta, não contra o PT, Lula, Dilma ou quaisquer dos 40 nomes envolvidos no mensalão, mas contra o próprio PSDB, e toda a trajetória que José Serra procurou construir como liderança oposicionista.

Seria injusto atribuir exclusivamente a um acúmulo de erros estratégicos a derrocada do candidato. Contra altos índices de popularidade do governo, e bons resultados da economia, o discurso oposicionista seria, de todo modo, de difícil sustentação em expressivas parcelas do eleitorado.

Mais difícil ainda, contudo, quando em vez de um político disposto a levar adiante suas próprias convicções, o que se viu foi um personagem errático, não raro evasivo, que submeteu o cronograma da oposição ao cálculo finório das conveniências pessoais, que se acomodou em índices inerciais de popularidade, que preferiu o jogo das pressões de bastidor à disputa aberta, e que agora se apresenta como "Zé", no improvável intento de redefinir sua imagem pública.

Não é do feitio deste jornal tripudiar sobre quem vê, agora, o peso dos próprios erros, e colhe o que merece. Intolerável, entretanto, é o significado mais profundo desse desesperado espasmo da campanha serrista.

Numa rudimentar tentativa de passa-moleque político, Serra desrespeitou não apenas o papel, exitoso ou não, que teria a representar na disputa presidencial. Desrespeitou os eleitores, tanto lulistas quanto serristas.

sábado, 21 de agosto de 2010

Abandonando o barco

O Serra cumpriu a promessa de mudança de tática em relação a propaganda eleitoral. Com a tendência de queda acentuada nas pesquisas, eis aí as mudanças que ele está nos brindando. Como um camaleão, agora ele colocou o Lula no pesdestal e já se diz uma especie de "amigo" do Lula e a Dilma, segundo ele, é uma despreparada, ou seja, o Lula é bom ou péssimo quando for interessante para o Serra.
Como muita gente já começou a abandonar o barco do Serra, e não foi difícil de se prever, agora ele mesmo resolve abandonar de vez seu próprio barco. Ele virou um camaleão; enquanto lhe interessar, ora ele é oposição ou ora ele é situação, chegando ao ponto de usar imagens do Lula em seu programa. Isso realmente ninguém imaginou e nem mesmo o Lula. Isso foi um vôo muito baixo. O Lula é que deve estar rindo de tudo isso. É uma tática de confundir o eleitor, porém eu não sei a que ponto o eleitor vai deixar se confundir com tamanha e infame contradição.
A Dilma hoje já ganha no primeiro turno, pena que ainda é cedo para comemorar a mais de um mês das eleições, pois ainda virá muita baixaria por aí. Lula e o PT estão com a faca e o queijo na mão a ponto de jogarem na cara da oposição o uso das imagens de Lula na propaganda do Serra.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O desespero de Eliane Catanhede

Vejam não somente a ressaca da colunista da Folha, mas também seu desespero a procura de alguma ponta solta que possa dar alguma chance para  o Serra.

Óleo

Cantanhede: Última esperança de Serra é Dilma perder voto por causa da exigência de 2 documentos no TSE

Essa aí me deu um calafrio na espinha. Incrível o cinismo desses caras. Eles mencionam a possibilidade de um segmento inteiro da população ser privado de um direito político fundamental, e acham que isso é válido e positivo para garantir uma eventual vitória de um candidato...

Eliane Cantanhede, em sua coluna de hoje, cita a declaração de Carlos Augusto Montenegro, presidente do Ibope, para lembrar que a exigência de dois documentos, decretada em cima da hora pelo TSE, dirigido por "jênios", pode afetar e mudar o resultado eleitoral deste ano. E fala isso sem a mínima emoção, como se fosse uma coisa normal.

Segue o trecho da coluna em que ela fala dessa possibilidade:

A esta altura, a oposição luta não para ganhar, mas para garantir segundo turno. Se depender só dos programas, é improvável. Mas há outros fatores em jogo, e um deles, como lembra Carlos Augusto Montenegro, do Ibope, é a exigência de dois documentos para votar - o título de eleitor mais um outro com foto. Isso pode gerar alguma quebra de voto para Dilma no Nordeste e entre a população de baixa renda. Se ela disparar, é bobagem. Mas, se a margem para vencer no primeiro turno for estreita, qualquer tremelique pode fazer diferença.

Com o massacre que se delineia no horizonte, é bem provável que essa exigência não faça diferença nas eleições majoritárias. Mas isso não exime o TSE desta odiosa irresponsabilidade. A lei foi sancionada pelo presidente Lula, e visa combater fraude eleitoral. Mas a sua aplicação para esta eleição é responsabilidade do TSE, que deveria tê-la transferido apenas para 2012, dando tempo ao Estado e aos cidadãos para se adaptarem a mudança.

domingo, 15 de agosto de 2010

Globo acusa o golpe (literalmente?!)

E agora?

Depois da gigantesca repercussão na blogosfera sobre as entrevistas do casal do JN a emissora é forçada a divulgar nota oficial tentando convencer o público de que não é golpista.

Lembro que essa já é a TERCEIRA vez que prestam esclarecimentos em menos de 45 dias pra dizer que "não são".

1º Na Globo News e no Fantástico, ao mesmo tempo, foi lida uma carta onde explicavam que não torciam contra a seleção.

2º No principal programa de esporte, o apresentador vem a público se retratar, explicando que a emissora não tem nenhum preconceito contra o povo do Paraguai.

3º Agora, divulgam nota pra dizer que o telejornal da Globo é imparcial e que o papel do jornalismo global não é levantar nem derrubar nenhum candidato, ou seja, afirmam que não possuem DNA golpista.

Mais do que uma bandeira sem precedentes, o que estamos assistindo é histórico no Brasil, um sinalizador inequívoco dos tempos em que vivemos. Eles não armam e nem mutretam mais nada "impunemente" no nosso país. Distorcem, mentem e manipulam de lá que a gente pressiona, pressiona e pressiona de cá e eles tem que vir a público pra esclarecer tudo.

E quando fazem isso se entregam, claro, pois parafraseando o saudoso Barão de Itararé, do mesmo jeito que quem é não diz que é, quem muito diz que não é na verdade é justamente aquilo que jura de pé junto que não é".

Eu poderia me estender sobre isso, mas prefiro divulgar um trecho da fala do deputado Brizola Neto sobre o assunto, muito pertinente:

"..A Globo tenta desmentir o que todo mundo viu. Aliás, essa é uma tendência da emissora desde que a sua direção foi assumida por Ali Kamel, que se dedica a provar que não existe preconceiro racial no Brasil. Kamel tenta reescrever a história do Brasil e da TV Globo sob sua ótica. Garante que a Globo não ocultou ao máximo a campanha das Diretas Já, que não atuou no caso Proconsult, que tentou roubar de meu avô a eleição a governador do Rio, em 1982, e que não manipulou a edição do debate entre Lula e Collor, em 1989. O diretor da Globo vive no país do faz de conta e acha que alguém acredita nele..."

Eu não resisto e concluo, Ali Kamel, vive sim no mundo mágico de sua ilusão, absorto em seus pensamentos e idéias ultra-conservadoras/reacionárias; completamente distante da realidade do Brasil, do nosso Brasil que mudou e só a Globo não viu..

O padrão Globo de manipular, distorcer e surrupiar a realidade para convencer os leitores e telespectadores mais incautos está com os dias contados e acho, sinceramente, quer eles já começam a perceber isso.

O fato de nunca terem sido forçados a lidar com o contraditório – como agora acontece com a força crescente e inexorável da mídia alternativa eletrônica – os fizeram também descansar e relaxar em suas artimanhas - é só notar como ficam completamente desnorteados, desconfortáveis, perdidos mesmo, quando seus velhos métodos são revelados e repercutidos.

Tenho certeza que seus dias de armações ilimitadas (e impunes) estão contados. Como tenho certeza que não tardará muito ver um Brasil onde cada vez mais e mais pessoas – de qualquer ideologia, cor, raça, crença ou time de futebol - terão vergonha de dizer que leram no Globo, que viram na Globo que ouviram na CBN etc_ pois revelar isso será como passar atestado de ingênuo, desinformado, de tolo mesmo.

domingo, 8 de agosto de 2010

O fator sul e o Ibope

Uma pergunta: se no Rio Grande do Sul a Dilma está na frente, como que ela só tem 5 pontos de vantagem no Ibope? Essa é a questão.

Tijolaço

Cadê o Sul, Datafolha?



Vamos ver qual é a ginástica que vão arranjar para explicar a enorme vantagem que o Datafolha aponta para Serra no Sul do país, depois que a pesquisa Ibope encomendada pela RBS no Rio Grande do Sul apontou liderança de Dilma sobre Serra, com 42 a 40%. Na pesquisa anterior do Ibope medindo as intenções de voto dos gaúchos para a presidência, realizada no início de julho, Dilma tinha 37% e Serra 46%.
É portanto, uma mudança de 13 pontos em um mês, se alguém quiser acreditar que houve uma “virada”. O noticiário dos jornais prefere tratar como “empate técnico” uma mudança de posição que, segundo os dados que eles prórpios divulgam, é das maiores registradas em pesquisas eleitorais: 13 pontos em um mês, repito.
Como a região Sul era a única onde Serra liderava e o Rio Grrande representa 40% do eleitorado sulista, fica difícil explicar de onde vão tirar salvação para o Serra.
Tentei achar a notícia da pesquisa no telejornal local, o RBS Notícias, mas este só divulgou a pesquisa para governador. O Jornal Nacional, cabeça da rede, também não disponibiliza registro da pesquisa, mas traz a uma pequena matéria da ida de Dilma ontem à Central Única de Favelas e do ato com a juventude, no vídeo que posto aí em cima.

sábado, 7 de agosto de 2010

Dunga no São Paulo?

Se fôr verdade, isto é uma ótima notícia, como me manifestei no meu post sobre o Dunga e minha torcida para que possa trabalhar como técnico.

Nassif

 Dunga no São Paulo
Por Gabriel Sitônio
De acordo com o comentarista e repórter JP Flávio Prado, o técnico Dunga, ex-treinador da seleção brasileira, chegará à capital paulista na segunda-feira para assinar contrato com o São Paulo. (Internet)
Também foi um dos comentários de ontem (sexta) na rádio CBN (nacional) e em outras resenhas esportivas daqui de Recife - Pernambuco. Dunga foi sondado pelo São Paulo.
Eu presidente não pensaria duas vezes. É Dunga na cabeça.
(1) não tem nenhum grande técnico disponível.
(2) Os "sem" emprego Tite, Abel Braga, Paulo Atuole (rrss), etc. Será o mesmo do mesmo.
(3) Oxigenar o plantel com conservadorismo.
E queiram ou não queiram. Dunga foi hiper vitoriosso na seleção. E tem muito caldo pra colocar nessa canja futebolística.
Futuramente (acho que breve, 1 ano) vai contrariar muita gente.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Oferta de Lula coincide com suspensão da sentença

tijolaço

O caso de Ashtiani voltará a ser examinado pela Justiça
A intervenção de Lula no caso da iraniana Sakineh Asthtiani, condenada à morte por adultério pelas leis islâmicas, pode ainda não ter tido um desfecho exitoso, mas o pedido que fez mês passado a Mahmoud Ahmadinejad para que permitisse que o Brasil desse asilo a ela coincidiu com a suspensão da sentença de morte por apedrejamento, que voltará a ser analisada pelo Judiciário do país, como conta a Reuters em matéria reproduzida pelo Yahoo.
Não se enganem os que costumam perguntar o que o Brasil foi fazer no Irã sobre a capacidade de Lula de contribuir com o movimento pela libertação de Asthiani. Com sua oferta de asilo, inicialmente recusada por Teerã, Lula criou um fato político e ampliou mundialmente o absurdo da situação, mesmo que sob uma ótica de moral e de costumes diferente da nossa.
A atitude do presidente brasileiro repercutiu em todos os lugares. Os principais jornais do mundo deram amplo destaque à proposta brasileira, o que gerou uma pressão internacional para que o Irã aceitasse a oferta de Lula como gesto humanitário. O apelo do presidente renovou as esperanças da família de Ashtiani que já havia anunciado a disposição de viver no Brasil, conforme reportagem do Estadão, na edição desta terça-feira. A proposta tem o apoio de ativistas que defendem os direitos humanos no Irã, e incentivou inúmeras comunidades internacionais a pedir pela vida da iraniana, de 43 anos, acusada de suposto adultério.
Vamos todos torcer para um final feliz,  mas desde já, embora não fosse essa sua intenção, Lula sai fortalecido do episódio perante a opinião pública das nações que acompanham com preocupação o destino de Ashtiani.
PS: Acho que a vontade de ver salva uma vida fez com que exagerasse na versão anterior desse post. Alertado por uma leitora fiz as correções necessárias a que o tom correspondesse à realidade. A suspensão da sentença já havia sido anunciada por Teerã há alguns dias, na mesma época em que o presidente Lula fez um apelo nesse sentido ao governo iraniano. A gente se engana e não tem nenhum problema em admitir quando faz. Principalmente porque isso aconteceu por um sentimento humanitário.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Já vão tarde, muito tarde

tijolaço

Obama finge que guerra do Iraque vai acabar


A dor da população foi tudo o que os EUA criaram no Iraque
As guerras sempre terminaram com a rendição de uma das partes ou com a fuga das tropas de um dos lados, como aconteceu com os Estados Unidos na guerra do Vietnã. Agora, o presidente dos EUA, Barack Obama, quer criar a guerra com data marcada para terminar, ao dizer que o conflito criado por seu país no Iraque terminará no dia 31 de agosto “como prometido e previsto”.
O que Obama faz é apenas uma figura de linguagem ao considerar que a guerra acaba com a retirada de mais de 90 mil soldados norte-americanos, já que o que deixa para trás é um cenário de permanente conflito, guerra civil iminente, com atentados semanais, que causam muitas baixas, sobretudo entre a população iraquiana.
Obama retira 90 mil soldados, mas mantém 50 mil no que chamada de força de transição, que também tem data para sair, no fim do ano que vem. O objetivo dos EUA é que as forças de segurança iraquianas, por eles treinadas, assumam o controle do país, o que é uma situação de risco explosivo, já que representam um governo títere de Washington, sem o menor respaldo da população.
A guerra do Iraque foi criada pelos Estados Unidos que deslocaram suas tropas até lá sob o pretexto de derrubarem o então presidente iraquiano Saddam Husseim, acusado de ligações com Al Qaeda, a quem se atribui o atentado contra as torres gêmeas de Nova York, em setembro de 2001. Saddam não tinha nenhuma ligação com a AlQaeda e os EUA, na verdade, queriam assegurar o fornecimento e o controle sobre o petróleo do país, que tem a terceira maior reserva mundia comprovada.
O Iraque vive um estado de guerra crônica, com conflitos não resolvidos entre diferentes grupos religiosos e com forte presença de facções radicais islâmicas, como a Al Qaeda, que os EUA pretendiam combater. Obama tenta passar uma situação de aparente tranquilidade e controle sobre o país islâmico, mas basta a leitura diária dos jornais para saber que o Iraque continua sendo um barril de pólvora.

domingo, 1 de agosto de 2010

Registros de Guerra

Estou preparando um longo post sobre o assunto abaixo para os próximos dias, porém este abaixo já é um excelente post.

Boletim H S Liberal


Der Spiegel – Durante a Guerra do Vietnã, o então presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, afirmou certa vez que Daniel Elsberg, o vazador dos Documentos do Pentágono, era o homem mais perigoso do país. Atualmente, você é o homem mais perigoso ou o mais ameaçado?

Julian Assange – Os homens mais perigosos são aqueles que fazem a guerra. E eles precisam ser parados. Se isso me faz perigoso aos olhos deles, tudo bem.

Este é um trecho da entrevista que Julian Assange, 39, fundador do portal WikiLeaks, concedeu à revista alemã Der Spiegel. Ele fala sobre a sua decisão de publicar os “registros da guerra”, aborda o difícil equilíbrio entre o interesse público e a necessidade de segredos de Estado e revela por que acredita que as pessoas que fazem a guerra são mais perigosas do que ele.

A motivação do WikiLeaks, que promete muito mais revelações indesejadas aos senhores da guerra, são ditas com muita segurança por Assange. Ele espera que a divulgação dos “registros de guerra” no atual momento possa ainda gerar algo de bom. São mais de 90 mil incidentes diferentes, locais geográficos bem definidos, e episódios de variada magnitude. Um conjunto unificado de informações que apagam tudo o que se disse até agora sobre o Afeganistão. “Esses arquivos modificarão o nosso ponto de vista não só sobre a guerra do Afeganistão, mas também sobre todas as guerras modernas”.

Desde 3 de abril deste ano, quando foi divulgado um vídeo que mostra o assassinato de civis no Iraque, WikiLeaks vem colecionando dezenas de milhares de comprometedores documentos da guerra no Afeganistão. No episódio iraquiano, também foram mortos agentes de saúde que recolhiam corpos, além de um motorista e um fotógrafo que trabalhavam para a agência Reuters. Neste domingo, o jornal londrino Guardian destacou, sob o título “Registros de Guerra”, que o vazamento maciço de arquivos secretos expõe a verdadeira face da guerra no Afeganistão, onde “centenas de civis (foram) mortos por soldados da coalizão” de ocupação.

Der Spiegel desta semana traz informações e imagens de um quadro sombrio, em que unidades de “caçadores secretos” são também responsabilizadas por mortes de crianças. A revista alemã fala até em “ingenuidade” da participação das tropas alemãs, diante de “crescentes problemas”. Mais pragmático, o New York Times, embora reconheça que o cenário é mais desanimador que a representação oficial, prefere alertar para os prejuízos das forças de ocupação diante da espionagem. Por essas, analistas começam a ver indícios de fracasso dos Estados Unidos, tanto no Afeganistão quanto no Iraque. É o caso de Ullrich Fichtner, da Der Spiegel.

Diante de toda a perplexidade do cenário desfavorável, as autoridades estadunidenses preferem centrar o foco na busca de informações sobre a responsabilidade pelo vazamento. Preferência que sensibiliza mais os meios de comunicação do lado de cá do Atlântico, não somente nos Estados Unidos. É por isso que vemos pouca repercussão dos “registros de guerra” na mídia brasileira, mais preocupada com um novo bate-boca entre Hugo Chávez e Álvaro Uribe. Entrevero que somente merece maior preocupação se razão tiver o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, que acusa Washington de insuflar Uribe no caminho da guerra contra Chávez.

Os EUA procuram minimizar as revelações dos “registros de guerra”, exibindo outros documentos que falam de um suposto envio de armas iranianas para reforçar a resistência afegã contra a ocupação. Este tema logo invade os espaços da mídia ocidental, tornado-se a cortina de fumaça que Washington queria. E qualquer leitor, ou ouvinte, ou telespectador brasileiro sabe que Irã e Venezuela são os assuntos preferidos de nossos jornalões. Morram quanto civis morrerem, sob mísseis de Israel no gueto de Gaza, ou da OTAN no Iraque e no Afeganistão, nossa lamentável mídia, seus colunistas, seus editoriais, somente têm olhos para Chávez e Ahmadinejad.