domingo, 19 de julho de 2009

Nassif: O último suspiro de Serra

A internet não tem folga nem no fim de semana. Em um dos posts do título acima mais lidos neste fim de semana de autoria do brilhante jornalista Luiz Nassif com dados e fatos sobre a candidatura de Serra a presidência em fase terminal.


O último suspiro de Serra

Entenda melhor o que está por trás dessa escalada de CPIs, escândalos e tapiocas da mídia.

A candidatura José Serra naufragou. Seus eleitores ainda não sabem, seus aliados desconfiam, Serra está quase convencido, mas naufragou.

Política e economia têm pontos em comum. Algumas forças determinam o rumo do processo, que ganha uma dinâmica que a maioria das pessoas demora em perceber. Depois, torna-se quase impossível reverter, a não ser por alguma hecatombe - um grande escândalo.

O início da derrocada
O início da derrocada de Serra ocorreu simultaneamente com sua posse como novo governador de São Paulo. Oportunamente abordarei as razões desse fracasso.

Basicamente:

1. O estilo autoritário-centralizador e a falta de punch para a gestão. O Serra do Ministério da Saúde cedeu lugar a um político vazio, obcecado com a política rasteira. Seu tempo é utilizado para planejar maldades, utilizar a mão-de-gato para atingir adversários, jornalistas atacando colegas e adversários e sua tropa de choque atuando permanentemente para desestabilizar o governo.

2. Fechou-se a qualquer demanda da sociedade, de empresários, trabalhadores ou movimentos sociais.

3. Trocou programas e ideias pelo modo tradicional de fazer política: grandes gastos publicitários, obras viárias, intervenções suspeitíssimas no zoneamento municipal (comandado por Andrea Matarazzo), personalismo absurdo, a ponto de esconder o trabalho individual de cada secretário, uso de verbas da educação para agradar jornais. Ao contrário de Franco Montoro, apesar de ter alguns pesos-pesados em seu secretariado, só Serra aparece. Em vez de um estado-maior, passou a comandar um exército de cabos e sargentos em que só o general pode se pronunciar.

4. Abandonando qualquer veleidade de inovar na gestão, qual a marca de Serra? Perdeu a de bom gestor, perdeu a do sujeito aberto ao contato com linhas de pensamento diversas (que consolidou na Saúde), firmou a de um autoritário ameaçador (vide as pressões constantes sobre qualquer jornalista que ouse lhe fazer uma crítica).

5. No meio empresarial (indústria, construção civil), perdeu boa parte da base de apoio. O mercado o encara com um pé atrás. Setores industriais conseguem portas abertas para dialogar no governo federal, mas não são sequer recebidos no estadual. Há uma expectativa latente de guerra permanente com os movimentos sociais. Sobraram, para sua base de apoio, a mídia velha e alguns grandes grupos empresariais de São Paulo - mas que também (os grupos) vêem a candidatura Dilma Rousseff com bons olhos.

A rede de interesses
O PSDB já sabe que o único candidato capaz de surpreender na campanha é Aécio Neves. Deixou marca de boa gestão, mostrou espírito conciliador, tem-se apresentado como continuidade aprimorada do governo Lula - não como um governo de ruptura, imagem que pegou em Serra.

Será bem sucedido? Provavelmente não. Entre a herança autêntica de Lula - Dilma - e o genérico - Aécio - o eleitor ficará com o autêntico. Além disso, se Serra se tornou uma incógnita em relação ao financismo da economia, Aécio é uma certeza: com ele, voltaria com tudo o estilo Malan-Armínio de política econômica, momentaneamente derrotado pela crise global. Mas, em caso de qualquer desgaste maior da candidatura oficial, quem tem muito mais probabilidade de se beneficiar é Aécio, que representa o novo, não Serra, que passou a encarnar o velho.

Acontece que Serra tem três trunfos que estão amarrando o PSDB ao abraço de afogado com ele.

O primeiro, caixa fornida para bancar campanhas de aliados. O segundo, o controle da Executiva do partido. O terceiro, o apoio (até agora irrestrito) da mídia, que sonha com o salvador que, eleito, barrará a entrada de novos competidores no mercado.

Se desiste da candidatura, todos os que passaram a orbitar em torno dele terão trabalho redobrado para se recolocarem ante outro candidato. Os que deram apoio de primeira hora sempre terão a preferência.

Fica-se, então, nessa, de apelar para os escândalos como último recurso capaz de inverter a dinâmica descendente de sua candidatura. E aí sobressai o pior de Serra.

Ressuscitando o caso Lunus
Em 2002, por exemplo, a candidatura Roseana Sarney estava ganhando essa dinâmica de crescimento. Ganhara a simpatia da mídia, o mercado ainda não confiava em Serra. Mas não tinha consistência. Não havia uma base orgânica garantindo-a junto à mídia e ao eleitorado do centro-sul. E havia a herança Sarney.

Serra acionou, então, o Delegado Federal Marcelo Itagiba, procuradores de sua confiança no episódio que ficou conhecido como Caso Lunus - um flagrante sobre contribuições de campanha, fartamente divulgado pelo Jornal Nacional. Matou a candidatura Roseana. Ficou com a imagem de um chefe de KGB.

A dinâmica atual da candidatura Dilma Rousseff é muito mais sólida que a de Roseana.

1. É apoiada pelo mais popular presidente da história moderna do país.

2. Fixou imagem de boa gestora. Conquistou diversos setores empresariais colocando-se à disposição para conversas e soluções. O Plano Habitacional saiu dessas conversas.

3. Dilma avança sobre as bases empresariais de Serra, e Serra se indispôs com todos os movimentos sociais por seu estilo autoritário.

4. Grande parte dessa loucura midiática de pretender desestabilizar o governo se deve ao receio de que Dilma não tenha o mesmo comportamento pacífico de Lula quando atacada. Mas ela tem acenado para a mídia, mostrando-se disposta a uma convivência pacífica. Não se sabe até que ponto será bem sucedida, mas mostrou jogo de cintura. Já Serra, embora tenha fechado com os proprietários de grupos de mídia, tem assustado cada vez mais com sua obsessão em pedir a cabeça de jornalistas, retaliar, responder agressivamente a qualquer crítica, por mais amena que seja. Se já tinha pendores autoritários, o exercício da governança de São Paulo mexeu definitivamente com sua cabeça. No poder, não terá a bonomia de FHC ou de Lula para encarar qualquer crítica da mídia ou de outros setores da economia.

5. A grande aposta de Serra - o agravamento da crise - não se confirmou. 2010 promete ser um ano de crescimento razoável.

Com esse quadro desfavorável, decidiu-se apertar o botão vermelho da CPI da Petrobrás.

O caso Petrobras
Com a CPI da Petrobras todos perderão, especialmente a empresa. Há um vasto acervo de escândalos escondidos do governo FHC, da passagem de Joel Rennó na presidência, aos gastos de marketing especialmente no período final do governo FHC.

Todos esses fatos foram escondidos devido ao acordo celebrado entre FHC e José Dirceu, visando garantir a governabilidade para Lula no início de seu governo. A um escândalo, real ou imaginário, aqui se devolverá um escândalo lá. A mídia perdeu o monopólio da escandalização. Até que grau de fervura ambos os lados suportarão? Lá sei eu.

O que dá para prever é que essa guerra poderá impor perdas para o governo; mas não haverá a menor possibilidade de Serra se beneficiar. Apenas consolidará a convicção de que, com ele presidente, se terá um país conflagrado.

Dependendo da CPI da Petrobras, aguarde nos próximos meses uma virada gradual da mídia e de seus aliados em direção a Aécio.
link: http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2009/07/19/o-ultimo-suspiro-de-serra/#more-31727

terça-feira, 14 de julho de 2009

FORA psdb

As ótimas frases abaixo eu colhi de um comentário de uma leitora do Blog amigos do Presidente Lula, citando o leitor de apelido Zimtag, isto para deixar bem claro que o crédito é dele.

Apelido: Zimmtag - 14/7/2009 - 19:42
O PSDB quer acabar com o Bolsa-Família!
O PSDB quer acabar com o PROUNI!
O PSDB quer acabar com a Petrobras!
O PSDB quer acabar com Bancos Públicos!
O PSDB quer acabar com os direitos trabalhistas!
O PSDB quer acabar com a internet!
O PSDB quer acabar com a universalização das conquistas!
O PSDB quer acabar com o povo!
O PSDB é um novo-UDN.
O PSDB quer reencarnar o Carlos Lacerda (Serra)!
O PSDB quer acabar com o Brasil!

mas..

O PSDB quer pedágio!
O PSDB quer congestionamentos!
O PSDB quer privataria!
O PSDB quer PCC e PPP's!
O PSDB quer calote dos precatórios!
O PSDB quer Daniel Dantas e Gilmar Mendes!
O PSDB quer falir o país, e vender!
O PSDB quer FMI!
O PSDB quer Petrobrax doada!
O PSDB quer juros de 45%!

O PSDB QUER TRANFORMAR O BRASIL EM "brazil"!

FORA PSDB

domingo, 12 de julho de 2009

A morte na corrida de touros na Espanha: acidente ou suicídio?.

Não precisa ser entendido em touradas, farra do boi, rinhas ou até mesmo corrida de touros nas ruas, para saber que isso é uma bestialidade covarde que muitas pessoas fazem com esses animais, como se ainda não bastasse ter que matá-los para poder comê-los. Mas ás vezes eles se vingam e conseguem atingir seus algozes. Foi o que aconteceu na morte de um jovem que estava de férias com seus pais e namorada no festival de San Fermin na corrida de touros, na cidade de Pamplona na Espanha, no último dia 10/07. Um touro o feriu mortalmente no pescoço e pulmão. E ainda, conforme a reportagem, o problema foi que o touro se separou do bando e ficou desorientado. Olha só a arrogância irracional desta hipótese. Como se fosse possível você sozinho sendo perseguido, sem saber porquê e por um bando de pessoas e conseguir ficar numa boa. A questão é sobre esse tipo de morte. Nós sabemos que vamos morrer um dia. Tem as mortes naturais, acidentais, etc, onde por fatalidade, por algum problema de saúde, algum acidente trágico, a morte acontece. Mas nesses casos, onde as pessoas foram procurar a morte por diversão ou sei lá o que, para mim é suicídio. E para as pessoas que, como eu, acreditam em outras vidas ou um outro lugar na eternidade; imagine você chegando lá e ter que explicar de que forma o dom da vida dado por DEUS foi desperdiçado numa corrida de touros.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

O Golpe em Honduras - 2

Uma comissão formada pelos golpistas de Honduras queria ser recebida em Washington, mas é claro que o governo americano se negou recebê-los. Ia pegar muito mal se isso acontecesse. Ia ser a declaração oficial de apoio dos E.U.A ao golpe, uma vez que os golpistas queriam o reconhecimento e o apoio oficial de seus prováveis patrões militares americanos ao golpe, pois eles devem estar precisando de apoio logístico para poder dizimar o povo hondurenho. Como vocês podem ver no último post abaixo, não é uma invenção da minha cabeça. Quanto à mídia, os golpistas fazem de tudo para esconder os protestos e a terrível repressão que impôem ao povo hondurenho. O PIG daqui também não faz qualquer esforço para noticiar a realidade dos fatos. O povo hondurenho está recorrendo ao internet para divulgar os fatos no Youtube. Segue abaixo um dos links.

http://www.youtube.com/watch?v=OCzkJf2vVnU

domingo, 5 de julho de 2009

O Golpe em Honduras

Agora, 23:00 hs de 05/07, estamos a espera de notícias sobre Honduras. Neste momento não temos notícias de onde anda o Presidente deposto Zelaya. Não sabemos se pousou em Tegucigalpa ou em Manágua ou em El-Salvador. São notícias desencontradas. Nas TVs brasileiras não sai nada até agora. Consigo ver alguma coisa na CNN, mas encontrei um link da Telesur no portal do Nassif e no do MSM. Vamos esperar que o presidente Zelaya possa reassumir e enterrarmos de vez o golpismo na AL. Como eu escrevi uma vez sobre os homens das pranchetas americanos, aqueles futuros desempregados militares da indústria da guerra. Veja abaixo uma pérola do Blog de Um Sem Mídia.

HONDURAS - Analista americano acha que os EUA estão envolvidos com o golpe.

Washington quer Zelaya de volta inabilitado politicamente
por James Petras.

O governo dos Estados Unidos esteve por trás do golpe de Estado ao presidente José Manuel Zelaya, mas o repúdio mundial a esse feito o tem posto a negociar com os chefes militares de Honduras, a possibilidade de que o presidente deposto reassuma seu cargo, mas em condições tais que lhe seja muito difícil continuar a linha de relações que mantém com os países da ALBA e, em particular, com o presidente Chávez.

Assim considerou o analista e acadêmico estadunidense, James Petras, em entrevista exclusiva à Agencia Bolivariana de Noticias, sobre a situação que se vive em Honduras.

A seu juízo, o governo norte-americano está implicado no golpe de Estado em Honduras. Esta análise pode ser feita a partir de muitos ângulos.

Primeiro está o fato de que os militares hondurenhos não funcionam sem consultar os assessores presentes nesse país".

Petras disse que os assessores estadunidenses estão em todos os níveis da hierarquia militar hondurenha. "Estruturalmente é impossível aos militares hondurenhos moverem um dedo sem consultar os assessores dos Estados Unidos".

"Segundo – explica – o governo de Obama está muito irritado pelo fato de que Zelaya está aliado a Chávez e recebendo ajuda econômica em associação com a ALBA".

Assinala o analista que até agora o Governo de Obama não reconheceu que houve um golpe militar "e não cortou nenhuma ajuda nem relações com o governo golpista".

Disse que todas as medidas adotadas até agora pelo Governo de Washington, são reações forçadas pelo repúdio mundial ao golpe.

"Em principio – destaca – não denunciaram o golpe e foi só depois de toda a região da América Latina ter condenado o golpe, depois de muitas vacilações e para não ficar isolados, adoptaram a posição das Nações Unidas, OEA e demais organismos internacionais, mas sempre com muitas reticências porque não querem debilitar os seus aliados militares e da oligarquia".

Informou que nas discussões nas Nações Unidas sobre o tema, a delegação dos Estados Unidos prolongou as deliberações durante quatro horas, para moderar a declaração final.

E acrescenta que enquanto os países da América Latina retiraram seus embaixadores, Washington mantém o seu.

"Agora estão tentando evitar que Zelaya volte ao país como presidente e, caso volte, que o faça numa situação institucional que debilite sua política de aliança com Chávez. Não há dúvida de que Obama pensou poder dar o golpe sem maiores conseqüências".

"Agora mais uma vez temos um efeito bumerangue. Cada vez que Obama tenta projetar o poder estadunidense, seja no Afeganistão, ou em relação à política econômica, o plano de estímulos financeiros ou o que seja, lança a política e depois tem de retroceder, porque no momento atual não é possível seguir a política imperialista dos presidentes anteriores", afirma.

- Qual poderá ser o desenlace desta situação quando Zelaya se apresentar sábado em Tegucigalpa?

- Tudo dependerá do grau de apoio que os Estados Unidos continuem a prestar. Se continuam a não caracterizar esse Governo como golpista, e continuam com a ajuda e mantém o embaixador, creio que pode fracassar a volta de Zelaya.

Petras faz uns segundos de pausa e continua: "Eu creio que estão negociando com os golpistas agora, tentando minimizar os efeitos do regresso; tentando separar a OEA e os presidentes do Equador e Argentina de Zelaya. Penso que tentarã prender Zelaya o que provocaria uma grande crise em todo o continente e poria os Estados Unidos numa posição muito incomoda".

Insiste na importância do apoio dos Estados Unidos ao governo golpista, porque a seu juízo, Honduras pode viver sem um lugar na OEA, mas não sem 85% de seu comércio com o país do norte.

"Mas muito dependerá do grau em que Washington consiga enfraquecer Zelaya, para que volte como um presidente impotente, que não possa lançar nem a consulta nem o referendo. Creio que Washington está procurando isso".

03/Julho/2009
O original encontra-se em www.kaosenlared.net (NR: efectuadas pequenas correcções).

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

sábado, 4 de julho de 2009

Artes de Portas Abertas; Santa Tereza

Entre os dias 04 e 05 de julho, haverá um dos maiores eventos culturais de rua: Artes de Portas Abertas. Confira no site abaixo que é da associação dos artistas visuais de Sta. Teresa, este charmoso bairro carioca. Nesta caminhada você encontrará espaços culturais, projetos sociais, gastronomia, lojas, etc.

http://www.chavemestra.com.br/index3.htm